O Brasil é o sétimo país com as piores taxas em homicídio de adolescentes e crianças do sexo masculino com idade entre 10 e 19 anos. São 59 mortos para cada 100 mil adolescentes com essas características. O Afeganistão, que enfrenta graves conflitos internos e é ocupado por tropas dos Estados Unidos há mais de 15 anos, é o oitavo da lista. Se contabilizar apenas países sem conflito armado, o Brasil está entre os cinco.
Os dados são do relatório “Um Rosto Familiar: A violência nas vidas de crianças e adolescentes”, lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), ligado à Organização das Nações Unidas (ONU) . O estudo usou dados da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.
A pesquisa leva em conta os dados de mortalidade oficiais fornecidos por 183 países filiados à OMS (Organização Mundial da Saúde) com populações acima de 90 mil pessoas em 2015. Não são contabilizados casos de suicídio.
O país mais letal no mundo para os jovens é a Síria, com taxa de 330 mortes de crianças e adolescentes homens de 10 a 19 anos por 100 mil. Comandada pelo ditador Bashar Al-Assad, a Síria é vítima de uma guerra civil desde 2011. Em segundo lugar vem o Iraque, depois Venezuela, Colombia, El Salvador, Honduras, Brasil, Afeganistão, Guatemala e Panamá.
O estudo do Unicef ainda apresentou dados sobre a raça/cor das vítimas de homicídio no Brasil. Segundo os números de 2014, 75% dos mortos eram negros ou multirraciais. 18%, brancos. 7% das vítimas não haviam raça/cor declarada. (Foto: Reprodução Portal O Dia)