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Energia solar: um futuro sustentável

A energia solar fotovoltaica é gerada a partir da incidên­cia de luz solar em placas fotovoltaicas. Seu uso pode redu­zir em até 95% a dependência da energia distribuída pelas concessio­nárias. Além disso, trata-se de uma fonte renovável, sendo assim, de baixo impacto ambiental. No Brasil esta é uma opção viável para redu­ção de custos e está, apesar de ain­da pouco utilizada, em expansão.

O engenheiro eletricista Pedro Provázio explica que só no ano de 2016, o setor cresceu mais de 300%, com perspectivas ainda maiores para os próximos anos. “É preciso pensar em soluções que atendam às demandas sem prejudicar o meio ambiente. A energia fotovoltaica se utiliza basicamente da incidência solar. Com o investimento no siste­ma é possível garantir um retorno do valor despendido em aproxima­damente 5 anos”, afirma.

De acordo com a Associação Bra­sileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Brasil possui 12.520 sistemas solares fotovoltaicos conec­tados à rede, trazendo economia e engajamento ambiental a 13.897 unidades consumidoras, somando mais de R$ 850 milhões em inves­timentos acumulados desde 2012. Dados mais recentes da área de al­ternativas energéticas renováveis e sustentáveis revelam mais expansão.

“Esses números cresceram muito rapidamente, nesse ano de 2017, já se tem mais de 16.000 sis­temas fotovoltaicos homologados gerando energia no Brasil. Gran­des usinas fotovoltaicas já estão funcionando e outras ainda maio­res estão em construção”, revela Marcelo Reis Viana, representan­te comercial BrS Energia.

Atualmente, o Fórum Perma­nente de Assuntos Relacionados ao Setor Energético do Estado de Goiás, instituído pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, é presidido pelo deputado estadual Simeyzon Oliveira, e tem como ob­jetivo fomentar o uso de fontes ener­géticas renováveis e não degradá­veis e integrá-las a matriz hidráulica em Goiás. Para a elaboração de polí­ticas públicas e adoção de medidas que buscam o desenvolvimento da energia solar em Goiás foi criado o Programa Goiás Solar.

Entre as principais ações do Goiás Solar, explica Simeyzon, es­tão a isenção de ICMS para micro e pequenos geradores e consumido­res de energia solar, a ampliação e a criação de linhas de crédito exclusi­vas para financiamento, a simplifi­cação do licenciamento ambiental para instalação de usinas solares, o uso de placas solares nas casas dos programas habitacionais do Estado, bem como o uso de energia solar em prédios públicos e o estímulo à vinda e criação de novos empreen­dimentos para o Estado.

“Há dois anos, quando instituí­mos o Fórum Permanente de As­suntos Relacionados ao Setor Ener­gético do Estado de Goiás, tínhamos 16 conexões de sistemas de energia renováveis, em todo o Estado. Com esses incentivos nós conseguimos sair de 16 conexões para 487 cone­xões. O Estado de Goiás ocupava o 18º lugar no ranking nacional e hoje já somos o 6º. Tivemos um avanço, em dois anos, imenso e a projeção com o programa Goiás Solar é que nos próximos dois anos vamos che­gar na primeira colocação, como Es­tado de maior produção de energia de fontes limpas”, avalia.

VANTAGENS

Para o presidente do Fórum Per­manente de Assuntos Relacionados ao Setor Energético do Estado de Goiás, Simeyzon Oliveira, as vanta­gens do uso da energia solar para a sociedade e meio ambiente são sig­nificativos em termos de economia e sustentabilidade. Ele menciona que a primeira vantagem é o fato de se tratar de energia limpa sustentável.

De acordo com ele um dos gran­des geradores dos gases de efeito estufa são as usinas termelétricas que têm sido ligadas com a crise hídrica aumentando os valores das tarifas, com queima do combustível fóssil e danos ao meio ambiente. Si­meyzon observa que sendo o Brasil signatário da da COP 21, acordo de extensão global para frear as emis­sões de gases do efeito estufa e para lidar com os impactos da mudan­ça climática, a redução dos gases de efeito estufa, principalmente o CO2, tornam-se prioridade.

“Nossa luta pelas energias reno­váveis tem dois viés: primeiro, na redução das tarifas com relação a utilizar o mínimo possível as ter­melétricas; segundo, pela questão de serem energias limpas, que não geram nenhum tipo de poluição e o Estado de Goiás tem um grande potencial nessa geração de ener­gia, tanto por biomassa ou fotovol­taica. Somos o segundo Estado em incidência solar no Brasil, logo nós temos um potencial imenso que ainda é pouco explorado”.

Para o representante comercial Marcelo Viana a energia solar foto­voltaica melhora a qualidade de vida das pessoas, ao evitar o envio de mi­lhões de toneladas de poluentes na atmosfera, além de ser uma fonte crescente de empregos e economia.

“Você pode reduzir sua conta em até 95%, depende da sua tarifa e em que grupo de consumidor você está enquadrado, entre outros fatores. O último cliente que instalei, o Stopbar no Parque Atheneu, vai pagar o sis­tema em menos de 5 anos. Vai tro­car 300 contas ou mais (300 meses, ou 25 anos, que é o tempo de garan­tia das placas fotovoltaicas), por me­nos de 60 contas (o payback é de cer­ca de 5 anos = 60 meses)”.

Ele acrescenta que empresas que optarem por financiamen­tos podem ter uma redução ime­diata de até 20% na conta. “Você troca uma conta que aumenta a cada ano por outra de menor va­lor e congelada em parcelas fixas. E, após quitar as parcelas, você passa­rá a pagar somente a taxa mínima”.

Marcelo esclarece que se uma pessoa tem interesse em instalar o sistema de energia solar em casa ela precisa procurar uma empresa especializada, de preferência que já tenha sistemas instalados, e leve/ envie a cópia ou foto da última con­ta de energia. “Pelos dados da con­ta o seu sistema é dimensionado utilizando um moderno software específico, e é elaborada uma pro­posta comercial com todas infor­mações necessárias para se anali­sar a viabilidade do negócio. Vale lembrar que ela é muito viável tam­bém para empresas. A economia é proporcional ao consumo, não im­porta o tamanho do consumidor”.

Ele ainda ressalta que as pessoas que produzem energia solar rece­bem créditos por quilowatts hora, que podem ser usados em até 60 meses. Em Goiás existem cerca de 200 unidades instaladas e homolo­gadas, que produzem energia solar. Marcelo fiz que Goiás subiu de 16º para o 8º em produção de geração distribuída e afirma que até o fim do ano que vem, sejam criadas 5 mil unidades em habitações populares.


Goiás é referência nacional em energia renovável

Wandell Seixas

Presidido pelo deputado esta­dual Simeyzon (PSC), o Fórum Per­manente de Assuntos Relaciona­dos ao Setor Energético de Goiás realizou ontem, 24, sua 15ª reunião, desta vez Auditório da Celg GT, em Goiânia. Humberto Tannus, vice­-presidente da Celg G&T, afirmou que a companhia tem cada vez mais investido nas energias reno­váveis no estado de Goiás, e para­benizou o trabalho do Fórum Per­manente de Energia.

Simeyzon iniciou a reunião fa­lando sobre os avanços que estão sendo conseguidos a partir das re­uniões do Fórum, e as perspectivas para o próximo ano, com a ideia de que o Programa Goiás Solar englo­be todas as fontes de energias reno­váveis possíveis de serem usadas em Goiás. “Nós temos muito ain­da que avançar ainda na questão das energias renováveis, e não te­nho dúvida que o que fazemos aqui deixará um legado para o estado de Goiás, mas também para o Brasil”, afirmou o presidente do Fórum.

O deputado Simeyzon salien­tou ainda que serão realizadas reuniões executivas de trabalho por cada segmento de fonte re­novável (fotovoltaica, biomassa, eólica, hidrelétrica, e outras) no dia 4 de dezembro.

A REUNIÃO

A primeira palestrante foi Danusia Arantes, superinten­dente da Secima, que falou so­bre a Perspectiva para o plane­jamento da matriz energética para 2018. Simeyzon fez questão – como presidente do Fórum–de parabenizar o trabalho realiza­do por Danusia e pela Secretaria.

Danusia afirmou que Goiás, hoje, é referência nacional na pro­dução de energia renovável, e é ins­piração para diversos estados do Brasil, inclusive com a meta de es­tar entre os três maiores distribui­dores de energia renovável do país. Outro ponto importante informa­do pela superintendente da Seci­ma é o projeto de municipalização do Goiás Solar, “que irá gerar novos negócios e mais prospecção de em­presas para estas cidades”, afirmou.

Marcel Bruno, diretor-técnico da Agehab, falou sobre a conquis­ta do prêmio “Construir Mais – 2º Prêmio Sinduscon-GO de Boas Práticas”, que premiou o Progra­ma Casa Solar, que já instalou mais de 300 unidades de gera­ção distribuída fotovoltaica em casas populares em Goiás.

Augusto Francisco da Silva, di­retor técnico comercial da Celg GT, falou sobre os avanços da Celg GT em relação às usinas hidrelétricas e fotovoltaicas. A Celg GT possui hoje 31 empreendimentos hidrelétricos, com participação de 122MW da Celg GT, de um total de 628MW. Na área de geração solar fotovoltaica, seis usinas estão sendo construídas, e produzirão 30MW (5MW cada). A primeira deve entrar em opera­ção no primeiro semestre de 2018.

O diretor administrativo da W.S Indústria – Energia Eólica, Gabriel Henrique Carvalho, e o diretor téc­nico, Vinícius Jorge Neves, falaram sobre o projeto de geração de ener­gia eólica no estado de Goiás.

O projeto tem como objetivo de desenvolver um aerogerador de eixo vertical (AEV) com ren­dimento que pode chegar a 30% maior que o convencional, e que possa ser utilizado em regiões de baixa incidência de ventos. Alber­to Adriano Sjobom Junior, enge­nheiro da Saneago, fez palestra sobre o aproveitamento energé­tico da Barragem João Leite.

Enes Gonçalves Marra, enge­nheiro professor da UFG, ainda fa­lou sobre a experiência na partici­pação da Missão Econômica Goiás/ Israel. Oseias Varão (PSB), vereador de Goiânia, se tornou, nesta 15ª Re­união, o representante oficial do Fó­rum na Câmara Municipal da ca­pital, e afirmou que irá trabalhar na municipalização do Programa Goiás Solar, sendo uma conexão en­tre o estado e o município.

As reuniões do Fórum Perma­nente de Energia voltam a aconte­cer no dia 23 de fevereiro.

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