O índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2005 e, dez anos depois, pesquisa aponta que 71% das escolas dos primeiros anos do ensino fundamental avaliados em 2015 ainda não chegaram ao patamar mínimo de qualidade definido pelo Ministério da Educação (MEC). Além disso, 39% delas ainda estão distantes da meta nacional estipulada pelo próprio MEC para 2021, que corresponde ao nível 6 (entre 0 a 10) no Ideb.
Ideb é um indicador geral da educação nas redes privada e pública, uma espécie de nota. Para chegar ao índice, o MEC calcula a relação entre rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e desempenho em português e matemática na Prova Brasil, aplicada para crianças do 5º e 9º ano do fundamental e do 3º ano do ensino médio. O Ideb é divulgado a cada dois anos em âmbito nacional, mas também para cada escola, rede, município e estado.
De acordo com um estudo do Instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), obtido pelo G1, no ano da criação do Ideb apenas 116 escolas atingiram o patamar mínimo de qualidade. Entretanto, dez anos depois, esse número cresceu 66 vezes, atingindo 11.112 instituições. Outras 27.349 ainda precisam alcançar esse índice. A última edição da Prova Brasil terminou de ser aplicada neste mês, e os resultados serão divulgados somente no segundo semestre de 2018.
Os dados do Ideb mostram que apenas quatro estados têm mais da metade das escolas com o índice maior ou igual a 6. Todos estão na região Sul e Sudeste: São Paulo, com 65%, seguido de Santa Catarina (57%), Minas Gerais (54%) e Paraná (53%).
Por outro lado, o Amapá é o único estado que ainda não tem escolas com Ideb 6. A média das 190 escolas públicas do Amapá tiveram a média 4,1. Outros estados com índice baixo são Sergipe (1%), Bahia (2%), Maranhão (2%), Pará (2%), Rio Grande do Norte (3%), Paraíba (3%), Alagoas (4%), Pernambuco (5%) e Tocantins (9%). (Foto: Ascom Seed)