Foto:Divulgação/MP-GO
Para auxiliar nos trabalhos da Polícia Civil na busca por pessoas desaparecidas, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) aderiu ao Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid), que permite o compartilhamento de dados destas pessoas em todo o país.
Só em Goiás, foram registrados 3.159 mil desaparecimentos de pessoas, entre adultos e crianças, de janeiro a outubro de 2017.
Em entrevista ao G1/Goiás, o procurador-geral de Justiça do estado, Benedito Torres Neto, afirma que o objetivo é possibilitar que o órgão estadual possa atuar em todo o Brasil “com informações concretas e corretas em relação ao desaparecimento de pessoas”. Segundo ele, “o desaparecimento também pode constituir indício de uma gama de crimes tais como homicídio, sequestro e cárcere privado”.
A expectativa é de que o sistema criado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) seja aderido pelos órgãos de todos os estados até o janeiro do ano que vem. Em Goiás, o Sinalid está em fase de implantação e a adesão ocorreu na última segunda-feira, 13.
Neto explica que por meio do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, será montada uma estrutura para criar o Sinalid, para dar esclarecimento e apoio às famílias que tiverem entes queridos desaparecidos.
Orientação
Lembrando que atualmente, quem tem um parente ou conhecido desaparecido deve registrar a situação em qualquer delegacia de Polícia Civil da sua cidade.
A orientação é de que o caso seja comunicado o mais breve possível assim que confirmado, não sendo necessário que o sumiço tenha ocorrido há mais de 24 horas.
Em Goiânia e Região Metropolitana, a recomendação é de que o registro de desaparecimento seja feito na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), uma vez que a unidade tem equipes especializadas para atuar neste tipo de ocorrências.
A polícia ainda destaca que se alguém tiver alguma informação sobre um desaparecimento, pode entrar em contato e fazer denúncias pelo telefone 197.