A Polícia Federal e a Receita Federal deflagram nesta terça-feira (21/11) a Operação Ouro de Ofir de combate a organização criminosa que atua na forma instituição financeira clandestina realizando golpes para induzir pessoas a investir quantias em dinheiro, com o objetivo de obter lucros financeiros exorbitantes. Serão cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão temporária e quatro mandados de condução coercitiva, nas cidades de Campo Grande e Terenos (MS), Goiânia, e Brasília.
O plano criminoso era baseado na existência de uma suposta mina de ouro que foi explorada há muito tempo e cujos valores oriundos das comissões para a revenda estariam sendo repatriados e cedidos, vendidos ou até mesmo doados a terceiros, mediante pagamentos. Existe, inclusive, a figura de contrato de doação mediante pagamento. Outra modalidade é a promessa de liberação de uma antiga Letra do Tesouro Nacional – LTN.
Estima-se que milhares de indivíduos tenham sido induzidos a investir em um projeto cujos contratos não possuem lastro ou objeto jurídico plausível. Os investidores eram induzidos a depositar quantias para ter uma lucratividade de mais de 1.000%. Segundo a PF, também eram falsificados documentos de instituições públicas federais na tentativa de oferecer credibilidade ao que era repassado às vítimas.
Estão envolvidos nas atividades referentes à deflagração aproximadamente 70 policiais, entre federais, servidores da Receita Federal e militares. (Foto: Divulgação PF)