Foto:Reprodução/Polícia Civil
Dois homens acabaram presos por envolvimento na morte de um usuário de drogas de 39 anos, no momento em que eles levavam a vítima para uma clínica de recuperação para dependentes químicos, em Goiânia.
As investigações apontam que Marcos de Souza Alves estava sendo levado para a força quando o crime aconteceu. Após ser morto, os autores colocaram o corpo dele no porta-malas do carro e fugiram.
Segundo a Polícia Civil, um dos presos era ex-usuário de drogas e trabalhava no centro de recuperação. Junto com outros dois internos, ele foi buscar Marcos em Caldas Novas no dia 31 de outubro a pedido do pai dele.
Na ocasião, a vítima reagiu de forma agressiva e se recusou a entrar no carro dos homens que foram busca-lo, porém, os três amarraram as mãos dele e o colocaram no banco de trás do veículo.
Conforme o delegado responsável pelo caso, Marco Aurélio Euzébio Ferreira durante o trajeto, a vítima chegou a quebrar o pé tentando fugir e quebrou uma das janelas de trás do carro. Depois disso, o trio parou o veículo e agrediu o homem por várias vezes.
Em seguida, voltaram para o carro e um dos homens sentou sobre a cabeça de Marcos, que acabou morrendo por asfixia. Já em Goiânia, colocaram o corpo da vítima no porta-malas e deixaram o veículo na clínica.
Dois dos envolvidos foram embora em uma motocicleta de um dos funcionários do local. Já o terceiro continuou na clínica e afirmou que não tinha culpa pela morte de Marcos. A partir daí o proprietário do centro de recuperação ligou para Polícia Civil e informou sobre o acontecido.
O delegado afirma que o Centro de Reabilitação Renascer funcionava de forma irregular e não possuía alvará de funcionamento. Além disso, as internações involuntárias não eram realizadas com autorização médica e não eram comunicadas ao Ministério Público em até 72 horas como previsto em lei.
Outra irregularidade está no fato de que os funcionários do local não eram qualificados para esse tipo de trabalho.
Os dois envolvidos foram localizados em outras clínicas onde se internaram após o crime. Eles alegam que a morte de Marcos foi uma “fatalidade”. O terceiro envolvido no crime não foi localizado.
Eles serão indiciados por tortura qualificada. Já o dono do centro de recuperação, uma técnica em enfermagem e um terapeuta vão responder por sequestro, uma vez que não cumpriam as regras necessárias para a internação dos pacientes.