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Brasileiro diz que planejou prisão para alertar sobre fome de crianças 

Após ser expulso da Venezuela depois de ficar onze dias presos, o brasileiro Jonatan Moisés Diniz, de 31 anos, afirmou que planejou ser detido para ganhar repercussão e fazer alerta a respeito da fome das crianças no país. Em vídeo postado em sua página no Facebook, além de admitir a estratégia, criticou a ênfase da imprensa com relação aos maus-tratos que de acordo com ele sofreu.

"Se eu fui para lá e fui, é porque incitei ser preso. Eu planejei ir para a Venezuela, chamar atenção e ser preso. Admito. Com o dinheiro que eu tenho, não daria para salvar nem cem crianças. Num ato sem medo, fui, falei e enfrentei de cara pessoas poderosas, ligadas ao presidente e às Forças Armadas. Fui para a cadeia justamente porque eu queria ir para a cadeia para acontecer a repercussão, para mostrar que tem criança morrendo de fome. Indo para a cadeia, aconteceu exatamente o meu plano", disse.

O brasileiro não dá detalhes sobre a estratégia utilizada para incitar a prisão. A informação dada é a de que ele foi detido quando estava em numa praia com amigos.

De acordo com Jonatan, o objetivo era relatar e divulgar a situação vivida pelas crianças, assim m como conseguir ajuda financeira para sua organização, a Time to Change the Earth (Hora de mudar a Terra). Conforme ele, quanto mais repercussão mais dinheiro a ONG receberia, e com isso seria possível alimentar mais crianças.

Ele pediu para que os seguidores espalhem a “vibração do bem”. Além disso, comentou que não foi alvo de agressões físicas e ameaças de morte na prisão onde estava. Ele ainda afirmou que não se arrepende e se arriscaria novamente pela causa.

"Foram onze dias de apreensão, de orações. Só que a minha vida não é nada. Se eu puder, com tudo isso que eu fiz, salvar uma criança, já valeu tudo a pena. Se eu tiver que arriscar minha vida mais cem vezes, vou arriscar (...) Se algum governo, se alguma polícia quiser me prender por isso, pode me prender. Estou aqui à disposição. Se é para fazer o bem, eu topo arriscar a minha vida", disse.

Jonatan esclareceu também que um dia antes de sua liberação, foi encaminhado ao Serviço Administrativo de Identificação, Migração e Estrangeiro (Saime), local onde foi obrigado a assinar sua expulsão. O documento proíbe ainda a entrada do brasileiro por dez anos.

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