Um homem e uma mulher identificados como Louise Anna Turpin e David Allen Turpin foram detidos em Perris, na Califórnia, Estados Unidos, na noite de segunda-feira (15/01), por manterem 13 filhos presos em correntes, com fome e com bastante sujeira em volta. As vítimas possuem idades entre 2 e 29 anos e estavam na casa da família. Os pais do suspeito, James e Betty Turpin afirmaram estar "surpresos e chocados" com a situação.
Ao descobrirem sobre os acontecimentos com os netos contaram à ‘ABC News’ que não visitavam os parentes há aproximadamente cinco anos. Apesar disto, mantinha contato com o filho por telefone e não desconfiava de nada. James disse ainda que não conversava com os netos pois o suspeito ligava para ele quando não estava com as vítimas.
O último encontro com a família foi há cerca de cinco anos. Os avós perceberam que os netos estavam magros, mas “pareciam felizes”. De acordo com eles, os pais submetiam os filhos a uma "rígida educação católica em casa". Além disso, os jovens eram ordenados a memorizar as passagens da Bíblia. Eles afirmaram também que a meta de alguns era decorar todo o texto sagrado. Os dois disseram que o casal era considerado uma "boa família cristã" na comunidade.
O caso
A polícia norte-americana efetuou as prisões depois que uma das filhas de 17 anos, conseguiu fugir e acionar a emergência, no domingo (14/01).
De acordo com a equipe que atendeu a ocorrência, a jovem estava “magérrima” e tinha a aparência de uma criança de dez anos. “Ela afirmou que seus doze irmãos e irmãs eram mantidos em cativeiro na casa por seus pais, detalhando que alguns estavam acorrentados”, afirmou um dos agentes.
Inicialmente acreditava-se que as vítimas eram menores de idade, no entanto, ao chegarem ao local, constataram que havia sete adultos entre 18 e 29 anos. Até o momento não há informações com relação ao tempo em que foram mantidos em cativeiros. As outras seis vítimas são menores, sendo que a mais nova tem somente dois anos.
Conforme informações do jornal O Globo, os pais foram denunciados pelos crimes de cárcere privado, tortura e por deixar os filhos em situação de risco. A fiança de ambos foi estipulada no valor de US$ 9 milhões.
Durante depoimento, os suspeitos não deram “qualquer explicação razoável sobre por que motivo mantinham os filhos acorrentados", disseram as autoridades responsáveis pelo caso.
Depois de libertarem as vítimas, alimentos e tratamento adequado foram disponibilizados. Os serviços de defesa da infância da região já abriram uma investigação para apurar os fatos. Ainda não foi divulgado o estado de saúde dos filhos do casal.