Foto: Divulgação/PC
O delegado da cidade de Matinhos, no Paraná, identificado como Max Dias Lemos, foi preso nesta segunda-feira (29/01), suspeito de liberar traficantes depois de receber propina. Além dele, outras três pessoas, que não tiveram o nome divulgado, foram detidas no estado durante a Operação Atrox, coordenada pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Ibaiti.
Segundo informações do Ministério Público (MP), o suspeito irá responder por falsificação de documento público e corrupção passiva. No ato da prisão, os agentes encontraram porções de droga com o homem. Um processo administrativo será instaurado pela Corregedoria Geral da Polícia Civil (Cgpc), para investigar a conduta do servidor.
Ao G1/PR, o advogado do delegado, Miguângelo Lemos, afirmou que não irá se manifestar no momento pois ainda está se inteirando sobre o caso.
Os outros homens detidos irão responder pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico e corrupção ativa majorada.
De acordo com o MP, as investigações duraram cerca de oito meses. Durante o período, um suposto traficante e líder de uma organização criminosa da cidade de Ibaiti foi monitorado. Nas apurações, um policial militar e o sogro do prefeito do município teriam ido até Matinhos levar drogas para o investigado.
Ambos foram presos em flagrante e encaminhados para a delegacia em que Max era responsável. Depois de pagarem propina ao servidor foram liberados.
"No dia do flagrante, esse traficante que seria o líder conseguiu fugir, mas conseguimos prendê-lo e mantê-lo preso em Londrina depois", disse a promotora Dúnia Serpa Rampazzo à reportagem.
Quatro mandados de prisão e nove de busca e apreensão foram cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Equipe de Inteligência da Polícia Militar (PM), em conjunto com o MP.