A goiana Deborah Lethicya da Silva Barbosa, de 30 anos, morreu nos Estados Unidos, no último sábado (20), em decorrência de complicações no parto. A mãe de Deborah, a professora Shirlei Maria da Silva, suspeita que a filha morreu por negligência médica.
Na terça-feira (16/01) da última semana, a grávida ligou para a mãe e contou que os médicos iriam induzir o parto, já que a pressão dela estava muito alta. “Ela me ligou e disse: ‘Mãe não tem jeito, a minha pressão está oscilando muito, está em 13 e, do nada, vai para 16. O médico vai induzir meu parto’.Depois, começaram a dar medicação para ela, mas ela não estava sentindo dor nem tendo contrações.”
Na tarde do dia seguinte (17/01), ela voltou a entrar em contato com a mãe e avisou que o parto iria ocorrer horas depois. Foi a última vez que as duas fizeram contato.
Foram as amigas de Deborah que avisaram sobre o nascimento da neta Valentina. De início informaram que estava tudo bem, com a filha e o bebê. No entanto, horas depois contaram que a goiana havia tido complicações no parto e que ela estava sedada, respirando com a ajuda de aparelhos.
Segundo a família de Deborah, ela teria esperado 30 horas por um parto normal, que não aconteceu e por isso foi necessário realizar uma cesariana de emergência.
“A amiga dela me disse que a Débora foi fazer o parto normal, mas deu uma parada cardiorrespiratória. Correram com ela para o centro cirúrgico, fizeram cesariana de emergência. Disseram também que o líquido amniótico foi para a corrente e deu trombose amniótica, além de hemorragia e não estavam conseguindo conter”, explicou a mãe de Deborah.
O pai da goiana, que mora próximo ao estado da Flórida foi acompanhar a filha, quando soube das complicações.
“Ele falou com ela, passou a mão no cabelo e disse que saiu uma lágrima no olho dela. Eu também mandei um áudio para ela ouvir, falando coisas boas, a gente estava com esperança, mas os órgãos foram falindo.”
No entanto, após várias paradas cardiorrespiratórias, a brasileira não resistiu e morreu na noite do último sábado (20).
Até a noite de segunda-feira (22) o corpo de Deborah ainda não havia sido liberado nem o laudo cadavérico concluído.
O Bethesda Hospital East não se pronunciou sobre o caso. Amigas da goiana estão organizando uma campanha na internet para custear os trâmites legais e a cremação do corpo.