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Lagarta infesta lavoura de soja em Chapadão do Céu

Uma infestação de lagarta com a soja Intacta RR2 foi constada em Chapadão do Céu, região do Sudoeste Goiano, e a cerca de 500 quilômetros de Goiânia. A Monsanto, detentora da tecnolo­gia, divulgou comunicado quin­ta-feira afirmando que o ataque no campo foi da Helicoverpa zea, uma das principais pragas do mi­lho, conhecida como lagarta da espiga. A suspeita era de que a in­festação fosse da temida Helico­verpa armígera, que causou um prejuízo bilionário à agricultura brasileira há cinco anos.

Ao Diário da Manhã, Guilher­me Soares, porta-voz da empre­sa, informou que recentemente, a Monsanto atendeu ao chama­do de um agricultor informan­do a suposta ocorrência de infes­tação de Helicoverpa armigera em lavoura de soja com tecno­logia Intacta RR2 PRO® na região de Chapadão do Céu. Segundo a fonte, “foi iniciada uma investi­gação científica, com suporte de uma empresa de pesquisa priva­da e independente que coletou la­gartas, visando realizar pesquisas que poderiam auxiliar num cor­reto diagnóstico desta situação”.

Explica que “as lagartas cole­tadas na lavoura de soja com tec­nologia Intacta RR2 PRO® deste agricultor na região de Chapa­dão do Céu foram identificadas, tanto por metodologia morfoló­gica quanto molecular, como in­divíduos da espécie Helicover­pa zea, conhecida popularmente como lagarta da espiga do milho”.

Como outras lagartas não-al­vo da tecnologia, por exemplo, as espécies do gênero Spodoptera, lagartas de Helicoverpa zea po­dem causar danos quando pre­sentes em lavouras de soja com a tecnologia Intacta RR2 PRO®. Deste modo, é fundamental a adoção do Manejo Integrado de Pragas (MIP), medida essencial para otimização dos resultados das tecnologias Bt, bem como adoção correta das práticas de manejo de resistência de pragas, entre elas a implementação de áreas de refúgio estruturado.

“É fundamental a adoção do Manejo Integrado de Pragas (MIP), medida essencial para oti­mização dos resultados das tec­nologias Bt, bem como adoção correta das práticas de manejo de resistência de pragas, entre elas a implementação de áreas de refú­gio estruturado”, diz a empresa.

SEMELHANÇA E PERIGO

Segundo o entomologista do Instituto Phytus, Juliano Farias, a confusão entre um tipo e outro de Helicoverpa se deve à grande se­melhança entre a zea e a armige­ra. “A diferenciação se faz ou pela genitália do macho (feita por es­pecialistas) ou metodologia mo­lecular, um trabalho minucioso e que leva tempo”, diz. O Instituto Phytus recebeu parte das amos­tras coletadas na lavoura de Goiás e ainda não tem nenhuma con­clusão sobre o caso. Resultados mais precisos devem sair dentro de um mês, conforme Farias.

Por ser uma praga típica de outra cultura da encontrada, o pesquisador afirma que é impor­tante que se monitore o quadro em todo o País. “Por termos re­gistro de apenas um caso, por en­quanto, não é motivo para grande alarde. Mas se houver continui­dade e começarmos a ver esta praga atacar a soja com frequên­cia, poderemos ter de fazer mu­danças de manejo”, conclui.


Produção 5% maior de ovos exigirá absorção de demanda interna e externa

CEPEA

Depois de registrar fraco rit­mo no ano passado, as expor­tações de ovos podem se recu­perar em 2018, devido à recente abertura de novos mercados in­ternacionais. No final de 2017, a África do Sul liberou as impor­tações de ovos in natura e pro­cessados provenientes do Brasil.

No longo prazo, o aumento do número de países importadores e o maior volume produzido po­dem contribuir para elevar a inser­ção do Brasil no mercado interna­cional, avalia o Centro de Estudos AvançadosemEconomiaAplicada (Cepea, Esalq/USP, Piracicaba/SP).

No mercado doméstico, espe­ra-se que a modesta recuperação econômica do País, prevista pelo Banco Central do Brasil (BC), con­tribua para estimular a demanda por ovos, seja por parte da indús­tria de alimentos ou pelo consumo in natura. Por outro lado, o cres­cimento da economia e a redu­ção da inflação podem favorecer o aumento do poder aquisitivo do brasileiro em 2018, estimulando o consumo de proteínas mais caras, como as carnes bovina, suína e de frango, indica o Cepea.

Dentro da porteira, estimativas da Associação Brasileira de Pro­teína Animal (ABPA, São Paulo/ SP) indicam que, em 2018, a pro­dução nacional de ovos será entre 5% e 6% superior à do ano passa­do. Diante disso, a capacidade de absorção dos mercados domés­tico e externo é de extrema rele­vância para a determinação dos preços que serão recebidos pelos produtores e, consequentemen­te, para o desempenho do setor.

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