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Protesto no Praça da Bíblia

Uma manifestação pegou de surpresa quem passa­va pelo terminal Praça da Bíblia na tarde de ontem. Cerca de 100 pessoas protestaram contra o novo valor de passagem, de R$ 4, que passou a vigorar ontem. Com panfletos e faixas, os manifestantes denunciavam a falta de segurança, superlotação, más condições de conservação e alto custo do siste­ma de transporte coletivo. Viaturas da Polícia Militar e da Romu (Ron­das Ostensivas Municipais) foram mobilizadas para o local, mas não realizaram intervenção no ato.

Usuários do transporte que passavam pelo local utilizavam o microfone, improvisado no ter­minal, para denunciarem casos insatisfação, principalmente com relação à segurança nos ônibus e terminais. Apesar do protesto acontecer em função do aumen­to da tarifa, os manifestantes tam­bém defenderam os vendedo­res ambulantes, que ocupam a plataforma do Eixo Anhanguera. “Quando acontece casos de rou­bo, esses guardas correm dos la­drões. Eles só batem nos mais fra­cos, nos ambulantes. Nós somos trabalhadores, não somos vaga­bundos. Eu acordo todo dia às 4h, para chegar aqui às 5h”, disse uma vendedora ambulante.

A tarifa do transporte público da Região Metropolitana de Goiâ­nia teve reajuste definido para R$ 4 na última segunda-feira, 23. A de­cisão, tomada pela Câmara Deli­berativa de Transporte Coletivo (CDTC), teve nove votos a favor do aumento e dois contra. A propos­ta de reajuste da Companhia Me­tropolitana de Transportes Coleti­vo (CMTC), de acordo com estudo tarifário, era de R$ 4,05. O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, que vo­tou a favor do aumento e se ausen­tou antes do fim, sugeriu a redu­ção de 5 centavos, que foi acatada.

O representante da Câmara Municipal de Goiânia, Clécio Al­ves (MDB), que votou contra o aumento, sugeriu que os muni­cípios administrarem os termi­nais e ponto de ônibus em cada cidade. Essa seria uma alterna­tiva para que a tarifa não fosse aumentada, porém, foi rejeita­da. De acordo com o presidente da CDTC e prefeito de Apareci­da de Goiânia, Gustavo Menda­nha (MDB), os municípios não possuem condições financeiras para gerir terminais e pontos. O representante da Assembleia Le­gislativa, deputado Marlúcio Pe­reira (PSB), também se posicio­nou contrário ao aumento.

Neste ano, o argumento das empresas do transporte coletivo para o reajuste foi a alta no preço dos combustíveis. As concessio­nárias possuem isenção de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no valor do combustível. Em dezembro, a média de valor pago pelo litro de diesel pelas empresas foi de R$ 2,45, enquanto o valor nos pos­tos teve média de R$ 3,40.

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