Home / Cotidiano

COTIDIANO

MP-GO denuncia pastor por matar e ocultar corpo de pastora em Aragoiânia

Foto:Reprodução


O Ministério Público de Goiás (MP-GO) acusa de feminicídio e ocultação de cadáver o pastor Alexandre de Souza e Silva, de 47 anos, apontado como responsável pela morte da pastora Ailsa Regina Gonzaga, de 40 anos, que desapareceu após sair de casa para alugar um imóvel em Goiânia. A denúncia assinada pelo promotor de Justiça, Marcelo Franco de Assis Costa, foi divulgada na sexta-feira, 9.

Segundo as investigações, o suspeito já teve um relacionamento amoroso com a vítima. Ele foi preso e confessou ter matado a mulher durante um discussão. Costa destaca que as condições em que o crime foi cometivo comprovam "o desprezo do denunciado pela condição do sexo feminino, inclusive a violência em contexto amoroso familiar".

Entenda o caso

A pastora foi vista pela última vez no dia 8 de novembro do ano passado, quando saiu da casa em que morava para alugar um imóvel, na capital. No dia em que desapareceu, ela deixou os dois filhos, de 15 e 11 anos, na residência e não voltou mais.

A Polícia Civil informou que o pastor foi detido em casa, no município de Águas Claras (DF), quase dois meses depois por suspeita de envolvimento no crime. Na ocasião ele confessou o assassinato e revelou que havia deixado o corpo de Ailsa na zona rural de Aragoiânia.

O titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), o delegado Valdemir Pereira relatou no inquérito policial, que o acusado e a vítima mantiveram um relacionamento amoroso por mais de um ano e neste período, a convivência era conturbada, uma vez que Alexandre tinha outra mulher no Distrito Federal.

As investigações concluíram que o pastor saiu da casa onde morava com a esposa com objetivo de matar Ailsa porque achava que ela poderia denunciá-lo à polícia por ele ser foragido da Justiça. Na época, Alexandre havia sido indiciado por um latrocínio - roubo seguido de morte - praticado em Itumbiara.

Vingança

O delegado informou na época em que o pastor foi preso, que ele saiu de casa e disse a esposa que iria se vingar "daquela pessoa" (pastora). Quando voltou, confirmou à companheira que havia cometido o crime.

Segundo a polícia, o homem veio para Goiâia e convenceu a vítima a sair com ele para alugar um imóvel. Porém, eles acabaram indo para o Recanto Cachoeirinha, localizado na zona rural de Aragoiânia, onde a pastora foi esfaqueada. Depois de matá-la, Alexandre ocultou o corpo de Ailsa em uma mata, cobrindo-o com folhas e fugiu.

Depoimento

Após ter sido preso, o acusado negou que saiu do DF para Goiás com objetivo de matar Ailsa. Segundo seu depoimento, ele veio à capital goiana após receber um convite da pastora para pregar em uma igreja evangélica, pois eles ainda eram amigos. Alexandre disse que estava na casa da vítima e ela o convidou para ir até a cachoeira para "espairecer".

Além disso, disse que matou a mulher após uma discussão que começou depois que a vítima mostrou desejo em reatar o relacionamento deles. O pastor alegou que era "perseguido" por Ailsa e reagiu porque a mulher tentou matá-lo antes.

Leia também:

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias