Com o compromisso na atuação de combate ao tráfico de drogas e outros crimes, o sargento da Polícia Militar de Goiás Airton Alves de Sousa, por vários anos no comando do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT), presenciou inúmeras vezes a prisão de pessoas envolvidas com o mundo das drogas.
Exercendo seu trabalho como militar e inquieto com a condição social do homem, envolvido no mundo do crime e uso de drogas, Airton, convencido de que poderia fazer mais, tomou a iniciativa de criar um projeto para que pessoas, nestas condições, tivessem a oportunidade de recuperação. O militar concluiu, durante anos de trabalho, que não basta prender os indivíduos e sim buscar uma alternativa para tratar o problema de forma mais eficaz.
“Foi criada um exemplo de uma ONG com boa ação, uma organização civil sem fins lucrativos que passou a desenvolver atividades lúdicas, educativas, de orientação moral e espiritual, com vistas à preservação da saúde física e mental dos jovens e adultos na recuperação e reinserção dos dependentes químicos”, salienta a terapeuta Marlene Francis.
Newman Moreira, coordenador do projeto, diz que o maior desafio é promover atividade de capacitação e aprendizagem em habilidades profissionais que não causam situação de constrangimento ou vulnerabilidade, caminhos que transformam a realidade das pessoas em conflito com o uso abusivo de álcool e outras drogas e que possibilitam a efetividade da justiça e da paz social.
“Não basta estar limpo das drogas, mas preparado para o mundo lá fora. Com o apoio popular e parceria com empresas de diversos segmentos da sociedade e acompanhamento do Ministério Público local, estamos conseguindo aumentar nossa capacidade de atendimento passando dos atuais 40 para 72 acolhidos”, avalia.
O coordenador do projeto, Newman Moreira, conta que a Comunidade Terapêutica Resgate de Jaraguá, sem fins lucrativos, foi fundada em 20112 e busca hoje ser contemplada nos convênios do Senad-Ministério da Justiça. “Estamos a cada dia buscando reconhecimento e melhorias para nossa causa”, menciona.
“Hoje a casa está com 50% das obras concluídas e o projeto da casa feminina em elaboração. Independente de qualquer discriminação quanto à cor, raça, religião, orientação sexual, tempo de condenação e gravidade do crime, visamos a recuperação e reintegração social, e, em uma perspectiva mais ampla, a proteção da sociedade”, acrescenta o coordenador do projeto .
A terapeuta Marlene Francis atua como voluntária na instituição, ocasião em que ela doa seu trabalho social com terapias ocupacionais. “Mais que tratar precisamos acolher esses dependentes e afastá-los da realidade a qual faziam parte. Compreendo que com esse trabalho possibilitamos uma maior e melhor consciência para eles, motivando-os à fé e esperança para a realização de um tratamento eficaz”, expõe.
AJUDA
O coordenador do projeto, Newman Moreira, descreve que hoje as principais necessidades da ONG estão relacionadas a alimentos e material de higiene pessoal e da manutenção do estabelecimento. Dentre itens que esperam receber em doação, ele cita arroz, feijão, macarrão, bolachas de sal/doce, café, copos descartáveis, fraldas geriátricas, roupas de cama, toalha de banho, roupas masculina, podem ser usadas. Material de limpeza em geral e de higiene pessoal: sabonete, papel higiênico etc.
“Nossa ONG não tem fins lucrativos e a mídia é o canal de transferência de uma causa bem desenvolvida e justa”.
Mais informações para sugestão ou doações o telefone para contato: (62)98407-2716 / 3326-3563