A desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Marília Castro Neves afirmou em sua conta do Facebook que a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada na quarta-feira (14/03) morreu por estar envolvida com bandidos. O post foi feito como resposta a uma postagem do advogado Paulo Nader, que escreveu que a vereadora era uma “lutadora dos direitos humanos”. As informações são da Veja.
Na publicação, a magistrada insinuou que Marielle morreu por cobrança de “dívidas”. “A questão é que a tal Marielle não era apenas uma ‘lutadora’; ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores”, escreveu a desembargadora.
“Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro”, completou.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, Marília disse que deu uma opinião como uma cidadã comum e disse que não conhecia Marielle até ficar sabendo da morte. A mulher afirmou ainda que escreveu a publicação com informações que leu em um texto de uma amiga.
Marielle era ativista dos direitos dos negros e das mulheres. Ela foi executada com três tiros na cabeça e um no pescoço. No ataque, o motorista do carro em que a vereadora estava, Anderson Gomes, também morreu.
De acordo com as investigações, a munição usada para matar os dois pertence a um lote de munições que foi roubado em 2006. As balas seriam destinadas à Polícia Federal de Brasília. Balas do mesmo lote foram usadas em uma chacina que vitimou 17 pessoas em São Paulo em 2015.
(Foto reprodução Facebook)