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A Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada a devolver o valor de parte dos bens e pagar uma indenização de R$ 20 mil para uma ex-fiel . A Instituição recorreu da decisão, e o caso foi parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que negou o recuso na última semana. O caso aconteceu em 2007 em Lajeado, no interior do Rio Grande do Sul.
A vítima, a gaúcha, Carla Dalvitt, alega que sofreu lavagem cerebral. Ela começou a frequentar a igreja, onze anos atrás, quando passava por uma crise financeira. A vítima tinha acabado de comprar um carro e morava com o filho e o marido de favor na casa da mãe.
Carla acreditava que a Igreja poderia ajuda-la a sair de sua crise financeira, entretanto ela alega que foi coagida durante a "Fogueira Santa" a doar tudo o que tinha. A mulher afirma que ficou com medo de ser amaldiçoada já que havia falado que entregaria os bens para a congregação.
"Pensei em desistir, mas eles sempre falavam que tinha uma maldição para quem prometeu e não doou", explicou. A gaúcha vendeu o carro por um valor abaixo do mercado e entregou o dinheiro para a Instituição.
Além disso, a vítima também doou, escondido da família, um colchão, um computador, dois aparelhos de ar condicionado que vendia em sua loja, joias, um fax, uma impressora e alguns móveis de cozinha que sua mãe havia acabado de comprar.
"Quando cheguei em casa, que meu marido descobriu, aí que me deu um chacoalhão, que eu acordei", contou. Carla relata que foi no mesmo dia à Igreja com o esposo e a mãe da reaver o que foi doado, mas só conseguiu recuperar o colchão, os itens da cozinha e o fogão. Isso, é claro, após a mãe da vítima mostrar as notas fiscais dos bens.
A vítima então registrou um Boletim de Ocorrência e procurou um advogado. Já a Igreja Universal alegou na defesa do processo que não há nenhuma comprovação das doações.
Além do prejuízo material, a vítima alega que ficou mal falada em toda a cidade e teve que fechar a loja que possuía com o marido. Ela conta que só conseguiu reconstruir a vida após conseguir um emprego de vendedora.
Com informações da BBC Brasil
(Foto ilustrativa reprodução Internet)
