Uma operação articulada pelo Ministério Público Estadual (MP-GO), com a participação de vários órgãos estaduais, resultou na apreensão de quase 11 toneladas de carne considerada imprópria para o consumo humano. Segundo o Ministério Público estadual, indícios de irregularidades como más condições de armazenamento, ausência ou adulteração do selo de inspeção pelos órgãos de vigilância sanitária e data de validade vencida foram encontrados em 99 dos 149 estabelecimentos comerciais de Goiânia fiscalizados entre os dias 5 e 9 de março.
Quatro açougues foram interditados, um deles dentro de um supermercado. Um empresário chegou a ser detido em flagrante, mas pagou R$ 2 mil de fiança, foi solto e responderá a processo administrativo em liberdade. Cerca de 10,8 toneladas de produtos apreendidos foram descartadas. Foram aplicadas multas de cerca de R$ 14 mil. Outras sanções devem ser aplicadas após a conclusão de procedimentos administrativos instaurados para apurar as irregularidades e dar a chance aos empresários de se defenderem.
A ação faz parte da Operação Goiás Contra a Carne Clandestina, desenvolvida desde 2015 com o objetivo de coibir a venda de produtos impróprios ao consumo e orientar os consumidores quanto aos riscos de ingerir carne de procedência duvidosa, clandestina, ou comercializada por estabelecimentos que não cumpram as normas sanitárias.
O dono de um supermercado no Setor Parque Industrial João Braz foi preso em flagrante durante a operação. Segundo a Polícia Civil, a situação era bastante crítica. Autuado por crime contra as relações de consumo, ele foi encaminhado à delegacia, mas pagou fiança de R$ 2 mil e responderá em liberdade. De acordo com o promotor de Justiça, esta foi a fase com maior apreensão. Todo o material apreendido foi descartado no aterro sanitário.
Participaram da operação, além do Ministério Público de Goiás, técnicos da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa); Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa); Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia; Polícia Militar; Guarda Civil Metropolitana e Procon.