A denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) sobre a organização criminosa que desviava recursos de paróquias do Entorno do Distrito Federal mostrou que, quatro dos 11 investigados na Operação Caifás assinaram declarações para atestar que em um ano sumiram com quase R$ 1 milhão.
A quantia desviada deveria aparecer na contabilidade das paróquias de Posse e Planaltina de Goiás com destino à Diocese de Formosa, mas de repente o valor sumia sem explicações.
Os sumiços “misteriosos” do dinheiro começaram em 2015, quando o monsenhor Epitácio Cardozo Pereira certificou o desaparecimento de R$ 357.445,97 e, no ano seguinte de R$ 72.859,22. O pároco da Catedral Nossa Senhora Imaculada Conceição, Moacyr Santana, de Formosa, declarou o sumiço de R$ 207.541,38.
Segundo um dos responsáveis pela investigação, o promotor Douglas Chegury, os valores supostamente desaparecidos eram de pagamento de casamentos, batizados, doações e coletas, que muitas vezes não eram contabilizados.