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O cantor Zezé Di Camargo fez uma postagem no seu Instagram criticando a comoção coletiva sobre a morte da vereadora Marielle Franco e o colunista da R7, Helder Maldonado, publicou um artigo rebatendo e lamentando a falta de “sensibilidade” do artista.
Na publicação de Zezé, o cantor comparou a morte da ativista com a da médica Gisele Palhares Gouveia, que também foi assassinada a tiros durante uma tentativa de assalto, no Rio de Janeiro, em 2016.
“Gisele Palhares Gouveia, 34 anos, cuja profissão era salvar vidas atuando como médica foi assassinada 'ontem' na linha vermelha (RJ) com dois tiros na cabeça após uma tentativa frustrada de assalto. Gisele, embora mulher, não fosse negra, não era pobre, não era feminista, não era militante de partidos políticos, não frequentava os círculos LGBT, não era do MTST, CUT ou PSOL, não estava dentro dos programas de assistência e cotas do governo. Enfim, não preenchia os requisitos necessários para uma mobilização nacional, tampouco que merecesse a menor atenção dos direitos humanos. Ela, como eu e você, não era ninguém”, escreveu.
Em resposta, o artigo do colunista publicado no R7, pontua que as pessoas não estão deixando de lado outros casos de brutalidade, mas “no ao caso de Marielle existe o agravante por poder ter sido uma execução com motivações políticas”.
Helder disse ainda que no dia do acidente da médica, o cantor não publicou nenhuma notícia de acidente de carro envolvendo algum anônimo ou questionou os motivos pelo qual a mídia não ter dado a mesma importância ao caso.
O colunista destacou que Zezé poderia se comover com o que quisesse, inclusive ir na rua pelo caso da médica baleada, do que ficar nas redes “desmerecendo” a luta e a tragédia dos outros. “É bem triste que uma pessoa que trabalha tantos anos com música cantando o amor não tenha desenvolvido a mínima sensibilidade para momentos como esse”, concluiu.
