Foto:Reprodução/Ed Alves/CB/D.A Press
Depois de 19 dias de ocupação na reitoria da Universidade de Brasília (UnB), estudantes começaram a retirar colchões da repartição, na manhã desta segunda-feira, 30.
O prédio passou por vistoria, realizada pelo chefe de gabinete da reitoria, professor Paulo César Marques, que avaliou se houve algum dano na estrutura.
Ocupação
Os universitários ocuparam a unidade no último dia 12 de abril em protesto contra os cortes no orçamento da instituição, estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC), que pode provocar um déficit de R$ 92 milhões à UnB para fechar o ano.
Apesar da ocupação, Paulo César afirma que os estudantes não serão punidos e que durante reunião de acordo com eles, os mesmos se comprometeram a restaurar o que foi danificado no prédio.
Até o momento, a vistoria constatou que três vidraças foram quebradas, quatro fechaduras forçadas e uma grade de janela desparafusada.
"O que percebemos foi algumas avarias nos vidros e fechaduras forçadas. Não houve nenhum dano maior a estrutura. Nós anotamos e fotografamos os danos e tudo será consolidado em um relatório. Os estudantes também assinaram um termo de compromisso para restaurar as instalações", esclareceu o docente.
Acordo
A decisão de desocupar a reitoria ocorreu após assembleia entre os estudantes, o chefe de gabinete, a professora e decana de extensão Olga Mia Ferreira e a professora Mônica Nogueira.
A desocupação ocorre em cumprimento à decisão do Cartório do 1º Ofício de Registro Civil e Casamentos Marcelo Ribas, que pediu a liberação do espaço até às 23h59 da última quinta-feira, 26, mas que foi cumprida pelos ocupantes apenas quatro dias depois.
A notificação extrajudicial foi entregue aos alunos no dia da segunda manifestação de estudantes na Esplanada dos Ministérios. Na ocasião, houve confronto com a Polícia Militar (PMDF) e quatro pessoas foram detidas. Elas foram liberadas no fim da tarde.
Segundo a comunicação da ocupação da UnB, as principais pautas dos estudantes foram atendidas, como a garantia das bolsas estudantis, o não apresentação da proposta de aumento nos valores das refeições do Restaurante Universitário (RU), além da continuidade dos estagiários e a revogação do aviso de demissão dos terceirizados.
*Com informações do site Correio Braziliense.