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Evangélicos ficam feridos em confronto com Guarda Municipal

Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro

Onze integrantes da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo ficaram feridos durante confusão com agentes da Guarda Municipal (GM) do Rio, na orla da Praia de Copacabana, no final da noite de ontem (25). Os seguidores da igreja tiveram ferimentos na cabeça, nas costas, pernas e alguns com fraturas no braço e foram medicados no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, na zona sul do Rio. O caso mais grave é Jorge Alves, 60 anos, que sofreu um ferimento na cabeça, atingido por um golpe de cassetete. Ele caiu desacordado e está internado em estado grave na unidade de saúde.

A sede da igreja fica em Santa Cristo e, de acordo com os evangélicos após o culto, um grupo de 40 pessoas, entre homens e mulheres, foram passear na orla de Copacabana. A confusão com os agentes da Guarda Municipal começou depois de serem acusados de pichar o Parque Garota de Ipanema, no Arpoador. Um dos seguidores da Igreja Geração Jesus Cristo acabou preso e foi levado para a delegacia de polícia para ser autuado por crime ambiental. Ao longo da Praia de Copacabana há pichações no chão, com a inscrição “Jesus Cristo voltará em 2070”.

Na porta da delegacia teve início uma confusão entre os guardas e os seguidores da igreja que acabou em confronto.

A Guarda Municipal do Rio informou há pouco que está apurando o conflito em Copacabana envolvendo o Grupamento Especial de Praia e o grupo religioso que invadiu e pichou, pela segunda vez, o Parque Garota de Ipanema, por volta das 23h . O local estava fechado e os agentes solicitaram apoio da Polícia Militar pelo telefone 190 e de outras equipes da GM-Rio.

O grupo de aproximadamente 40 pessoas não acatou a orientação dos agentes e foi conduzido a pé para a delegacia com apoio policial. No percurso para a delegacia houve tumulto e tentativa de agressão aos agentes na Rua Francisco Otaviano. O evangélico Diego Luiz Ribeiro de Figueiredo foi autuado na 13ª DP (Copacabana) por lesão corporal e dano, com base na lei de crimes ambientais, e o líder do grupo, o pastor Tupirani da Hora Lores foi citado no registro como envolvido na ação de dano. Durante o registro da ocorrência o grupo questionou a prisão e a ação da Guarda Municipal.

Em nota, a Guarda Municipal informa que na madrugada do dia 21, o mesmo grupo havia sido flagrado pichando o parque e dez sprays foram apreendidos pelos guardas. Na abordagem, quatro homens desacataram os agentes e foram conduzidos para a 13ª DP, onde a ocorrência foi registrada.

O comando da Guarda Municipal já determinou abertura de sindicância e o afastamento imediato dos guardas municipais envolvidos para apurar com rigor a postura e as agressões flagradas no vídeo, ação que não condiz de forma alguma com os preceitos, orientação e os procedimentos operacionais da instituição.

(Foto: Reprodução Twitter)

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