Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, de 32 anos, envolvido no desaparecimento e assassinato da modelo Eliza Samudio em julho de 2010, foi condenado a 15 anos de prisão pela participação no crime. No entanto, ao ser questionado se era preso por ter matado alguém, ele afirmou: “Não. Eu levei para matar”.
Macarrão passou seis anos em presídio de segurança máxima, depois, em junho de 2016, recebeu o benefício de trabalhar durante o dia e voltar à prisão para dormir. Em março, conseguiu o direito ao regime aberto por bom comportamento. “Não sou aquele monstro. Meu nome não é Macarrão. Eu sou Luiz Henrique. Sempre fui moleque bom, trabalhador”, afirma.
Romão recebeu a reportagem da Revista Época na Igreja do Evangelho Quadrangular, em Pará de Minas. Depois de ser transferido, ele e a família começaram a frequentar o local, onde conseguiu uma vaga como zelador.
Luiz Henrique também viu na lavagem de carros uma oportunidade para complementar sua renda. Ele cobra R$ 35 para lavar um veículo pequeno e aplicar cera, enquanto nos lava a jato da cidade o serviço sai por R$ 95.
Durante a entrevista, Macarrão revelou que, no dia 4 de junho de 2010, acompanhado de um primo menor de idade de Bruno, a mando do goleiro, buscou Eliza e Bruninho, então com 3 meses, numa Range Rover em um hotel na Barra da Tijuca, no Rio, com a desculpa de levá-la ao encontro do jogador no treino do Flamengo. No caminho, Eliza sofreu agressões e foi entregue ao ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, condenado por ser o executor.