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COTIDIANO

O abandono do Palácio Municipal de Cultura de Goiânia

O “Palácio da Cultura”, loca­lizado na Praça Univer­sitária, um espaço que abrigou grandes mostras de per­sonalidades na História da Arte em nosso Estado, palco de inúmeras exposições e manifestações artísti­cas que movimentou, promoveu e abrigou vários artistas da sociedade goiana, se encontra em completo abandono, onde apenas o distrato é o cartão-postal, se tornando abrigo para moradores de rua e sofrendo com a ação de vândalos, com mu­ros pichados, vidros dilacerados e muita sujeira, é sem dúvidas moti­vo de profunda tristeza.

Nessa lacuna, onde os setores da arte visual, música, literatura, foto­grafia, dança, entre outros inúme­ros pensantes, detecta uma perda considerável em nossa estrutura sociocultural, percebemos displi­cências que a exemplo do “Palácio da Cultura” está largado ao seu pró­prio desleixo pelo poder público.

Em se tratando de galerias e lo­gradouros artísticos em nossa ca­pital, estamos mais pobres quan­do vemos espaços como o Palácio da Cultura naquelas lastimáveis condições. Vejamos nesse senti­do uma necessidade urgente de diálogo e ações práticas a serem tomadas por parte do governo no que se que se diz respeito ao res­gate desse espaço, tão importan­te para a história da arte de Goiás.

Na tocante iniciativa de reavivar de forma colaborativa e trazer o res­gate cultural tão necessário nesse momento do Palácio da Cultura, a Associação Goiana de Artes Visuais (Agav), presidida por Nonatto Coe­lho, se coloca à disposição para pro­por uma parceria com o governo municipal, para que dessa forma possa dar continuidade ao movi­mento artístico/cultural que em seu processo histórico sempre esteve vivo e pulsante no palácio.

“Estamos abertos e desejosos em continuar a implementar vida e arte àquele mirífico espaço” (diz Nonatto Coelho).

Esperamos de forma positiva que esse diálogo aconteça o mais rápido possível, afinal não po­demos nos calar diante da situa­ção que se encontra um espaço tão valioso para toda sociedade goiana, precisamos urgentemen­te usar esse local histórico em de­trimento de produzir arte, cul­tura, diálogo e informação, algo tão necessário para a formação de uma sociedade mais educa­da, organizada e feliz, aguarda­mos com atenção, uma agenda de soluções para esse problema que fere a alma do artista e do ci­dadão goiano.

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