Foto:Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil apura um esquema de fraudes em contratos para a compra de peças e manutenção da frota de veículos da Prefeitura de Cidade Ocidental. As investigações começaram após denúncia de um vereador.
Até o momento, a corporação constatou que a administração municipal usou R$ 395 mil para consertar 23 veículos que foram considerados sucatas e não tinham mais condições de rodar.
A denúncia resultou na Operação Rainha da Sucata, que até então, cumpriu nove mandados de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Cidade Ocidental, sendo que um deles ocorreu na casa da ex-prefeita da cidade, Gisele Araújo, que ainda não se posicionou sobre o caso. Além das cidades goianas, um dos mandados foi cumprido em Águas Claras, no Distrito Federal.
Durante a ação, a polícia encontrou vários veículos abandonados, entre eles uma retroescavadeira, um trator e um ônibus escolar, todos sem qualquer possibilidade de voltar a rodar.
Esquema
A delegada responsável pelo caso, Tatiana Barbosa, adjunta da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), informou que os documentos obtidos pelos investigadores, constam como os veículos deveriam ter sido consertados, porém, nenhum deles passou por reparos.
Ela explica que “as notas fiscais das empresas apontam que foram vendidas peças e contratados serviços de manutenção para os 23 veículos, mas nenhum passou por qualquer reparo. No total, já constatamos que foram gastos R$ 395 mil nesses veículos, mas nenhum foi arrumado”, pontuou.
Tatiana informou que a investigação teve início em 2015 e conta com o apoio da Polícia Civil do Distrito Federal e da Polícia Técnico-Científica goiana e ressaltou ainda que o montante previsto nos contratos é de R$ 3,6 milhões, dos quais R$ 1,4 milhão foi liquidado, o que implica que o rombo pode ser ainda maior. Até o momento, os investigadores ainda não descobriram qual destino da quantia desviada.
Conforme a polícia, além da ex-prefeita, mais sete servidores da prefeitura, incluindo secretários, são investigados por suspeita de envolvimento no esquema.