Leandra Felipe - Repórter da Agência Brasil Atlanta (EUA)
A Universidade de Binghamton, estado de Nova York, divulgou na noite de segunda-feira (16/04) um comunicado em que lamenta a morte do estudante brasileiro João Souza, 19 anos, que foi esfaqueado e morto no domingo (15) no interior do campus. Além disso, a universidade informou que o suspeito, cujas fotos foram compartilhadas na própria página institucional do campus - já está sob custódia policial.
Nas redes sociais da comunidade universitária, alunos pedem segurança e relembram que este foi o segundo caso de homicídio em menos de um mês. Em março, outra aluna, de 22 anos, foi encontrada morta em seu quarto.
No texto publicado na página do Facebook da instituição, o reitor presidente da universidade, Harvey Stenger, relembra a morte da outra estudante e afirma que este ano tem sido difícil para a universidade, mas reafirmou o compromisso de fornecer um ambiente seguro para a comunidade estudantil.
“Infelizmente, vivemos em uma época em que a violência faz parte da sociedade e, com um campus de mais de 17.000 alunos e vários milhares de professores e funcionários, há ocasiões em que a violência se intromete em nosso campus”, escreveu.
Na nota, o reitor presidente diz ainda “estar profundamente triste” em escrever sobre o esfaqueamento e morte do estudante, calouro de engenharia. Ele também afirma que houve uma rápida ação por parte da segurança da universidade e polícia. O suspeito sob custódia seria o estudante Michael Roque, 20 anos, que foi filmado pelas câmeras de segurança saindo do quarto de João Souza.
Testemunha
O estudante Wen Zhong Xun, que dividia um apartamento estudantil com João na universidade, prestou depoimento à polícia e fez relatos nas redes sociais. Ele afirmou que João entrou em seu quarto para pedir ajuda, enquanto tentava fugir, quando o suspeito entrou com a faca para continuar a atacar o estudante brasileiro.
Wen Zhong Xun afirmou que “João era gentil e atencioso” e que não merecia isso. O brasileiro chegou a pedir ajuda do rapaz, que estava acompanhado da namorada.
“Minha namorada e eu testemunhamos meu companheiro de quarto sendo impiedosamente e brutalmente esfaqueado e assassinado em nosso dormitório por um atacante mascarado”.
O estudante escreveu ter ouvido os gritos de João, mas quando ele e a namorada abriram a porta, João já veio ferido, perseguido pelo autor dos golpes. “Tentei fechar a porta, mas o agressor me dominou e entrou em nosso quarto”, concluiu.
Consulado
O Consulado brasileiro em Nova York informou à Agência Brasil que está prestando assistência à familia de João Souza. No entanto, a pedido dos próprios familiares, não serão repassadas à imprensa maiores informaçãoes sobre os procedimentos ou contatos pessoais de pessoas ligadas ao estudante.