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Victor Campos Ferreira, militar do Exército, de 23 anos, morreu após ser atingido por um tiro na cabeça durante treinamento da Brigada de Operações Especiais em Formosa. O incidente aconteceu na tarde de quarta-feira, 9. O corpo da vítima foi levado por uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para o Pará, onde foi enterrado.
O jovem fazia treinamento no 6º Grupo de Instrução de Lançadores Múltiplos de Foguetes das Forças Armadas. Segundo reportagem publicada pelo Correio Braziliense, Victor foi atingido por um tiro disparado por um sargento. Ainda não há informações sobre as circunstâncias em que o disparo aconteceu. O caso é investigado pela Polícia do Exército.
Crítica
A vítima era prima do deputado federal João Campos (PRB), que é delegado e informou que levará o caso ao presidente da República, Michel Temer. “O fato aconteceu. Partimos do pressuposto que foi acidental. Mas não posso conceber que, em pleno Século XXI, com a tecnologia que temos, as Forças Armadas façam um treinamento com munição letal. Temos todos os recursos para que essas atividades sejam feitas com o mesmo desempenho com munição não letal”, criticou.
O parlamentar também questionou a forma com que a família foi tratada pelo exército."A segunda coisa que me incomodou é que, em países desenvolvidos, e não estou falando de quem está em guerra, quando um militar sofre um acidente, ele e a família tem todo um apoio da força. Ele colocou a vida a favor da pátria. Tem aeronave, ambulância, tudo. Mas fui descobrir que as Forças Armadas tem um contrato com uma seguradora, e essa empresa que cuida da funerária e da questão do translado do corpo", afirmou.
A assessoria da corporação informou, através de nota, que o Comando de Operações Especiais "está tomando todas as providências para apoiar a família do militar, através de uma equipe, composta por um psicológo e um capelão militar".