O serviço de transporte por aplicativo Uber divulgou ontem balanço em que mostra o aumento na quantidade de passageiros que optam pela forma de pagamento pré-pago em detrimento ao cartão de crédito ou dinheiro. A empresa explicou ainda que os cartões podem ser adquiridos em redes de supermercado e bancas de jornais, mas a forma direito no caixa – como ocorre com celulares pré-pagos – vem ganhando adesão por parte de usuários do serviço de transporte por aplicativo. Ao todo, a Uber informou que os pontos de venda subiram que de eram 18 mil, em março, para 250 mil neste mês em todo o país.
A empresa frisou que todos os usuários da plataforma que não possuem cartões de débito ou crédito ou preferem pagar em dinheiro podem ganhar passar a pagar suas viagens por meio da forma pré-paga. Segundo a Uber, para aderir a essa forma de custeio, é necessário fazer o procedimento usual de quando se chama uma corrida. “Ou abrir o app do Uber Eats, escolher e pagar por uma refeição igualmente sem se preocupar em sacar dinheiro ou separar troco. Cada usuário pode comprar até R$ 200,00 por vez e acumular um total de até R$ 1.000,00 por vez”, diz.
Por outro lado, desde o março, também é possível conseguir esses créditos por meio do programa Smiles. De acordo com o aplicativo, é possível tanto trocar milhas por créditos quanto usar cartão de crédito para comprar créditos diretamente no site do Smiles em troca de acumular milhas, que são 3 milhas para cada R$ 1,00 em créditos Uber destinados para clientes em geral e 4 para integrantes do Clube Smiles. “O Uber Pré-Pago não é o primeiro grande investimento feito pela Uber neste ano para melhorar o atendimento às populações que não usam cartões de crédito regularmente ou contam com um smartphone com pacote 4G”, explica a empresa.
Morador de Ponta Grossa, no interior do Paraná, o estudante universitário Luis Guilherme Tavares, 26, relatou que o serviço pré-pago pode facilitar “bastante” a vida de quem depende do aplicativo para se locomover pela cidade. “Além disso, economizamos um dinheiro que pode ser reaproveitado para outra coisa, como a cervejinha com os amigos”, afirma ele, que passou a usar o Uber há poucos meses. Para ele, que tem o hábito de sair à noite com amigos, a empresa de transporte por aplicativo “deu um salto grande” em direção à modernidade. “A partir de agora, posso sair, me embriagar e voltar para a casa tranqüilo, sem problemas, nem nada do tipo”.
A professora Andréia Cristina Tavares, 44, concorda com Luís e diz que “vale mais a pena pagar alguns reais a mais para andar de Uber do que de ônibus”. De acordo com ela, que mora em Goiânia há cinco anos, onde o serviço opera desde 2014, a tecnologia em geral veio para ajudar as pessoas a melhorarem suas vidas. “Aqui é bastante violento e eu evito pegar o transporte coletivo em determinadas horas do dia, pois o risco de acontecer assalto e outros problemas é bem grande. Por isso, não penso duas vezes antes de chamar um Uber”, esclarece.
REGULAMENTAÇÃO
Em solenidade realizada em outubro do ano passado no Paço Municipal, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), assinou decreto que aparentemente colocava em risco a viabilidade dos aplicativos de transporte de passageiros na Capital goianiense. A lista de exigências por parte da prefeitura, aceitada pela categoria com a presença de jornalistas, proibiu mototaxistas de atuarem pertos de grandes aglomerações de pessoas, ao contrário do que vinha sendo praticado. Até o momento, porém, essas medidas não chegaram a ser colocadas totalmente em prática.
Na época, a Uber disse que o preço público estabelecido pelo município de R$ 0,10 por quilômetro é o mais alto, proporcionalmente, em comparação com o que vinha sendo praticado em outras cidades brasileiras que possuem regulamentação para o serviço prestado pela plataforma. Outro ponto que foi estabelecido na ocasião foi uma identificação fixa que deveria constar no para-brisa dos veículos. Segundo o texto, o prazo será de até 30 dias para as operadoras apresentarem requerimento de autorização, 90 dias para o cadastramento dos motoristas e 180 dias para adequação dos veículos às exigências.