A saúde da mulher vem dando largos passos ao longo do tempo e está no caminho dos grandes avanços. O direito de decidir sobre o próprio corpo, sem deixar-se impor por padrões culturais, de beleza ou de saúde, realizar seu próprio parto na forma que quiser, dentre outros, são alguns dos vários assuntos debatidos no mundo todo.
No último dia (13), milhares de pessoas fizeram vigília diante do Congresso da Argentina para acompanhar as 23 horas de votação, com 129 votos a favor, 125 contra e uma abstenção, aprovando o texto que despenaliza o aborto até a 14ª semana de gestação. O projeto tramitará no Senado e se aprovado, a expectativa é de que seja sancionado pelo presidente Mauricio Macri. A sociedade argentina está dividida, mas com uma leve tendência favorável à legalização. Algumas sondagens indicam que 55% dos argentinos são a favor do aborto.
No Brasil, o Ministério da Saúde desenvolveu políticas públicas específicas para este segmento da população e investiu na Saúde da Mulher. O principal reflexo das medidas, que garantiram maior acesso das brasileiras ao Sistema Único de Saúde (SUS), tanto por meio das ações de prevenção à saúde como da rede hospitalar, foi a redução da mortalidade no Brasil: a atual razão de óbitos maternos é de 75 mortes por 100 mil nascidos vivos. Em 1990, esse índice era de 140.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE 2008), a proporção de mulheres de 50 a 69 anos que se submetem à mamografia cresceu de forma expressiva em cinco anos, atingindo 71,5%.
Em 2003, 54,8% das brasileiras nessa faixa etária tinham feito o exame. O acesso e a cobertura do exame para detectar o câncer de colo de útero também foram ampliados no Brasil. Aproximadamente 49 milhões de mulheres com 25 anos ou mais fizeram o papanicolau, em 2008, o equivalente a 84,5% da população feminina nessa idade. Em 2003, a proporção era de 79%. A ampliação, em outubro de 2007, da licença-maternidade, que passou de quatro para seis meses, contou com a participação direta do Ministério da Saúde.
Durante todo o processo de tramitação do projeto de lei que previa o benefício, o ministério defendeu a aprovação da medida sob o ponto de vista da saúde pública, uma vez que o aumento do tempo de permanência da mãe com o recém-nascido reduz o risco de morte dos bebês por conta do aumento do período de amamentação.
Além de atuar efetivamente para a ampliação da licença maternidade, o Ministério da Saúde realizou campanha de incentivo à criação de salas de apoio à amamentação nas empresas. Em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o ministério elaborou orientações para que as empresas pudessem adotar essa ação com a segurança de que estavam cumprindo as normas adequadas de saúde e higiene.
Laser estreita vagina
COMO É FEITO O PROCEDIMENTO
No caminho dos grandes avanços surge uma tecnologia que muda em vários aspectos a vida da mulher. A vagina é um músculo membranoso dotada de músculos que se contraem e descontraem garantindo sua elasticidade. Mulheres que passaram por parto normal podem sofrer alteração nesse processo, apresentando dilatação excessiva das paredes vaginais. Os tecidos não se recuperam adequadamente, causando problemas como ausência de prazer e eventualmente incontinência urinária.
O tratamento mais efetivo para essa disfunção é cirúrgico, e hoje pode contar com a inovadora tecnologia do Laser de Diodo. Um instrumento desenhado especialmente para esse tipo de procedimento faz o efeito térmico do laser contrair as fibras colágenas do tecido vaginal profundo, induzindo à regeneração contínua de novo colágeno (neocolagênese).
O resultado é a remodelação de toda a estrutura da vagina, tanto no diâmetro como na profundidade, com o fortalecimento de suas paredes e a recuperação do efeito tensor até a uretra. O procedimento é ambulatorial, com rápida recuperação, e pode ser adotado também para pacientes com incontinência da urina sem ocorrência de prolapso uterino. O resultado é melhor qualidade de vida e da sexualidade.
E quem traz a técnica pela primeira vez ao Centro-Oeste é o ginecologista Eduardo Pereira Cruz, que trabalha há quase 30 anos na área. Em entrevista ao Diário da Manhã, Cruz conta que teve a oportunidade de ser apresentado para a tecnologia de laser cirúrgico e ficou encantado com a possibilidade de promover esse novo método, que é uma inovação tecnológica, que a princípio não estava disponível em Goiás.
‘‘O laser cirúrgico pode tratar a endometriose de uma forma que dê poucas lesões, é uma cirurgia minimamente invasiva, com retorno rápido após a cirurgia as suas atividades diárias. O pós-operatório é bem simples, com poucas dores e isso é muito importante. Em relação a vaginoplastia, há melhora de infecções vaginais, urinárias de repetição e de incontinência urinária que é um quadro muito importante’’, destaca Eduardo.
As pacientes de mais idade que tem alto risco cirúrgico por problemas de coração, asma, seja portadora de marcapasso, a vaginoplastia a laser se torna um procedimento de baixo risco, e pode ser feita no próprio consultório com anestesia local. O efeito do aparelho é de luz, então não afeta o marcapasso.
Em relação à faixa etária para poder fazer o procedimento, Eduardo explica que apesar de ser indicado para pacientes após a menopausa, mulheres fora dessa idade, que estão férteis, e que estão menstruando que querem fazer o rejuvenescimento, para a vagina ficar com um diâmetro menor, e ter maior prazer sexual, ela não tem contra indicação, ela pode ser feita em qualquer paciente que tenha atividade sexual em qualquer época da vida.
PALESTRA
Eduardo foi convidado para palestrar na XXXII Jornada de Obstetrícia e ginecologia da Santa Casa de São Paulo, para passar seu conhecimento, experiência e resultados sobre a vaginoplastia a serviço de seus colegas.
‘‘Essa Jornada da Santa Casa de São Paulo é de grande importância, o serviço da Santa Casa é de alto gabarito, de alta referência em tecnologia, em reprodução assistida. É um congresso que vai reunir especialistas de alto renome na área de gineco obstetrícia, então estou me sentindo muito lisonjeado e muito orgulhoso de poder contribuir e até poder levar experiência da medicina aqui de Goiânia para compartilhar com os colegas de São Paulo’’, afirma Cruz.