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Brasil lidera o ranking mundial de uso de agrotóxicos

19% de todo o agrotóxico do mundo é comercializado pelo Brasil. Isso coloca o País na liderança do ranking mundial de consumo destes produtos, que aliás, são muito nocivos à saúde.

Os agrotóxicos são produtos utilizados na agricultura para matar pragas, insetos, eliminar doenças e acabar com plantas in­vasoras que prejudicam o desen­volvimento da plantação.

O veneno não fica concentra­do na planta borrifada, mas ele atinge o solo, contaminando-o. O solo é como uma esponja, e re­tém os contaminantes, o que re­duz a sua fertilidade. Por conse­quência, ele desencadeia a morte de micorrizas, diminuindo a bio­diversidade do solo, ocasionando sua acidez, dentro outros.

A contaminação atinge tam­bém a água e o ar. No ar, esses produtos ficam em suspensão, e na atmosfera, podem desenca­dear a intoxicação das pessoas e de outros organismos vivos que respiram o ar contaminado.

As águas são frequentemente contaminadas por agrotóxicos. Se­gundo o IBGE, a contaminação dos rios por esses produtos só perde para a contaminação por esgotos.

Um estudo publicado pela Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil e conexões com a União Europeia de Bombardi (2017), apontou que 79% dos agrotóxicos utilizados no Brasil estão con­centrados em 4 tipos de plantas: soja (52%), milho e cana de açú­car (10%), algodão (7%).

O fato alarmante é que 30% dos ingredientes ativos presentes nesses produtos são proibidos na Europa.

Para facilitar ainda mais o uso indiscriminados desses venenos, a Câmara dos Deputados aprovou a PL 6299, que retirou da Anvisa a responsabilidade por essa fisca­lização e controle, que já que era esse órgão que realizava o traba­lho de monitoramento, através da coleta de alimentos nas redes ata­cadistas e varejistas para verifica­ção do nível de agrotóxicos presen­tes na mesa do consumidor final.

O “Para” (Programa de análi­se de resíduos de agrotóxicos) foi iniciado em 2001 pela Anvisa para avaliar de forma regular os níveis de consumos desses resíduos, com o fim de proteger a população.

É de notório saber que o consu­mo desses resíduos são altamen­te maléficos ao corpo humano, refletindo em patologias gastroin­testinais, dérmicas, hepáticas, re­nais, neurológicas, alérgicas, bem como a redução da imunidade, al­terações de humor, diabetes, hi­potiroidismo, infertilidade, abor­tos, câncer, malformação do feto e até alteração do DNA.

EXEMPLOS

Exemplo de hortaliças que mais absorvem os agrotóxicos: pimen­tão (91,8%), morango (63,4%) , pe­pino (57,4%), alface (54,2%), ce­noura (49,6%) abacaxi (32,8%), beterraba (32,6%), couve (31,9%).

As frutas e verduras são fun­damentais para uma alimenta­ção saudável. Por isso, importan­te o seu consumo. É bom que se dê preferência para o consumo de alimentos orgânicos (com certifi­cado de Produto Orgânico Brasil) ou com o selo Brasil Certificados Agricultura e Qualidade.

  Exemplo de hortaliças que mais absorvem os agrotóxicos: pimentão (91,8%), morango (63,4%) , pepino (57,4%), alface (54,2%), cenoura (49,6%) abacaxi (32,8%), beterraba (32,6%), couve (31,9%)

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