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A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) afastou e abriu sindicância para investigar a ação de servidores do Presídio Estadual de Formosa, que colaboraram para a soltura irregular do detento Leomar Oliveira Barbosa, conhecido como "Playboy" e apontado como ex-braço direito do traficante Fernandinho Beira-Mar, no último dia 4. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 12.
Conforme a diretoria, Leomar cumpria pena em Goiás por tráfico de drogas e apesar de a defesa dele ter conseguido um habeas corpus, não poderia ter deixado a unidade prisional por existirem outros dois mandados judiciais contra ele, expedidos pela 1ª Vara de Execução Penal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO).
Segundo o comunicado, os servidores investigados "ignoraram" os outros processos e soltaram o detento logo após terem recebido o alvará de soltura, o que torna a ação irregular.
Agora, um processo investigatório foi aberto para apurar de quem foi a responsabilidade pelo erro. Segundo a DGAP, Leomar, que é visto como de alta periculosidade, ainda não foi recapturado e é considerado foragido. Caso fique comprovado que os servidores agiram de má-fé, eles podem ser exonerados. Até o momento, a defesa do detento ainda não se pronunciou sobre o caso.
Tráfico
Leomar passou a ser investigado em uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada em 2011, que descobriu uma nova rota do tráfico internacional de armas que passava por dentro do Pantanal. Na época, os policiais apreenderam dois aviões e mais de 6 mil cartuchos de munição de fuzil 762, de uso exclusivo das Forças Armadas, que estavam escondidos em uma fazenda. Na ocasião, as investigações constataram que o arsenal pertencia a Leomar.
Em Goiás, o homem foi preso por tráfico de drogas e inicialmente cumpria pena na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia. No entanto, por ser considerado de alta periculosidade, foi transferido para a unidade de Formosa construída para abrigar detentos perigosos ou ligados à facções criminosas.