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COTIDIANO

Panificação é uma arte

“Ser padeiro é uma arte”. Esta premissa é do supervisor de pada­ria da e uma rede de supermerca­dos em Goiás, Emerson Eterno de Souza Passos, de 40 anos. Ele é pa­deiro profissional há 18 anos, mas o amor pela panificação começou ainda na infância, vendo a tia que era proprietária de uma padaria no interior do Estado e o com irmão, que já era padeiro.

Emerson começou na rede de supermercados há 19 anos como frente de caixa e, já na primeira oportunidade, pediu para ser trans­ferido para a área que mais gosta, a padaria. Ele começou como assis­tente de padeiro, em seguida assis­tente de confeiteiro, conseguiu se formar em panificação e em con­feitaria, depois se tornou encarre­gado, formador e supervisor. “Hoje posso dizer que ajudei na formação de mais de 800 padeiros e confeitei­ros em Goiás”, revela com alegria.

Com toda esta experiência, Emerson hoje é responsável por coordenar mais de 130 pessoas em todas as padarias da rede. “Meu ob­jetivo hoje é ajudar na formação de novos padeiros e confeiteiros. Meu crescimento depende de ajudar os colegas e formar mais profissionais que possam me ajudar a manter a qualidade da padaria de todas as nossas lojas”, explica.

O CARINHO

“Padaria é amor. Se o padeiro estiver magoado ou feliz ele trans­mite o sentimento para o pão ou para o bolo”, reflete Emerson. As­sim, na hora da preparação o pro­fissional deve expor carinho e mui­to amor. “Participamos das vidas das pessoas. No dia a dia fazemos e modelamos os pães, também esta­mos presentes nas datas especiais e celebrações com os nossos bolos”.

HISTÓRIA DA DATA

Estudos apontam que o pão sur­giu na Mesopotâmia há 12 mil anos com o cultivo do trigo e os primeiros pães eram achatados, secos e amar­gos. Foram os egípcios os primeiros povos a utilizarem os fornos para assar pães e, no Brasil, o alimento substituiu o beiju, no século XIX.

COSTUMES

Um dos costumes e uma das sa­tisfações do brasileiro é acordar ce­dinho, sentir o cheiro do pão e sa­boreá-lo quentinho com manteiga e café. Tamanha é a importância do pão e de quem o produz que o pa­deiro ou panificador é homenagea­do no dia 8 de julho, quando tam­bém se comemora a padroeira dos panificadores, Santa Isabel, que dis­tribuía pães aos pobres portugueses e transformou o alimento em rosas (o milagre de Santa Isabel*).

Receita

Para comemorar o Dia do Padeiro, Emerson ensina uma receita para fazer em casa de pão italiano recheado.

Pão italiano recheado

Modo de preparo

ESPONJA

Em um recipiente, misture o fer­mento esfarelado, o sal, água mor­na e 100g de farinha. Cubra com um pano e deixe crescer.

MASSA

Em um recipiente, coloque me­tade da farinha, o açúcar, a margari­na, os ovos levemente batidos, a es­ponja reservada e o leite. Mexa com as mãos e, se necessário, utilize o restante da farinha para dar o pon­to. Agora, sove sobre superfície en­farinhada até obter uma massa lisa.

Deixar a massa lisa descansar por cerca de 30 minutos. Depois, abrir a massa com as pontas dos dedos, rechear e modelar no for­mato de uma bola. Coloque-a em uma assadeira redonda e alta, un­tada e polvilhada e deixe por 1h30 para dobrar de volume.

Levar ao forno pré-aquecido em temperatura média, 180°C, por 15 a 20 minutos e depois em temperatura alta, 200°C, por mais 15 a 20 minutos.

  • 1 kg de farinha de trigo
  • 100g de farinha de trigo
  • 2 tabletes de fermento para pão (30g)
  • 1 xícara (chá) de água morna
  • 2 ovos
  • 2 colheres (sopa) de margarina
  • 1 xícara (chá) de leite
  • 1 pitada de sal
  • 1 colher (sopa) de açúcar
  • 500gr de azeitonas cortadas e uma cebola grande picada

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