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Amotinados há três dias, presos da Casa de Custódia de Curitiba (PR) continuam mantendo quatro agentes penitenciários como reféns. Segundo o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), um quinto agente que estava sob o controle dos detentos rebelados foi libertado poucas horas após o início do motim, com ferimentos leves.
Após terem interrompido as negociações durante a última noite, especialistas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) retomaram as conversações com os custodiados no começo da manhã de hoje (3).
O Depen diz não ter, até o momento, informações sobre reféns ou detentos feridos. E também não confirma a informação fornecida por parentes dos presos que se aglomeram próximos ao acesso à unidade e que disseram a jornalistas que a ação dos detentos é um protesto contra a suposta intenção do governo de transferir alguns custodiados para outras prisões onde estariam supostos integrantes de facções rivais.
O motim começou no início da noite de domingo (1º), quando agentes foram rendidos ao fazer a contagem dos presos da Galeria 1. A Seção de Operações Especiais do sistema prisional estadual conseguiu evitar que o tumulto se espalhasse para as outras duas galerias existentes na Casa de Custódia.
Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários unidades penais de todo o estado estão operando em regime especial a fim de redobrar a segurança.
Inaugurada em 2002, a Casa de Custódia é um estabelecimento penal de segurança máxima, segundo o Depen. Com capacidade para abrigar 500 detentos, abriga a cerca de 600 homens. A estimativa é que pouco menos de um terço dos presos esteja participando da rebelião.
*Alex Rodrigues Repórter da Agência Brasil