Por falta de vagas no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, presos do regime semiaberto, que deveriam trabalhar de dia e dormir no presídio, estão ficando fora da cadeia, em Goiás. Dos mais de 2,5 mil detentos do regime, apenas 32 permanecem na Colônia Agroindustrial do Complexo, onde nove pessoas morreram em uma rebelião no início do ano.
Segundo a diretoria-geral de Administração Penitenciária, o terreno da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto será vendido e o comprador ao invés de pagar com dinheiro terá que construir uma nova unidade para o sistema. O projeto deverá ser executado nos próximos dois anos.
O detento Leonardo dias Mendonça, conhecido como “Barão do Tráfico”, é um dos presos que deveriam dormir no presídio, mas que está passando as noites em casa. Ele saiu da cadeia com a condição de trabalhar durante o dia.
O contraventor Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, condenado por fraudes na Lotérica do Rio de Janeiro, é outro detento do semiaberto. Ele é monitorado por tornozeleira eletrônica. Mesmo assim, recentemente foi flagrado, no horário de trabalho, na festa de aniversário de dois anos da filha em um Cmei no Jardim Itaipu, em Goiânia. A menina não estuda no local.
A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), considerou a infração grave, mas sugeriu à justiça que Cachoeira fosse punido apenas com uma advertência verbal.
(Com informações do G1)
(Foto: Wilker Oliveira)