O Ministério Público do Paraná denunciou nesta segunda-feira (03/08) o professor de biologia Luís Felipe Manvailer acusado de matar a esposa Tatiane Spitzner que foi encontrada sem vida após cair do quarto andar do prédio onde morava em Guarapuava, na região central do estado do Paraná. Ele poderá responder também por cárcere privado, fraude processual e feminicídio. Luís Felipe nega o crime.
Imagens de câmeras de segurança do edifício mostram o momento em que o casal volta de uma festa. A vítima tenta fugir e corre em direção ao elevador. Entretanto, Luís Felipe consegue alcança-la e a agride por cerca de 15 minutos até chegarem ao apartamento. Após a queda da esposa, o acusado pegou o corpo e levou de volta para o apartamento. Em seguida, ele desce pelo elevador e limpa as marcas de sangue deixadas no local. Por fim, Manvailer pegou o carro da advogada e tenta fugir do País, mas acabou se envolvendo em um acidente.
Laudos da perícia, apresentados na denúncia do MP, indicam que a vítima apresentava lesões compatíveis com esganadura que foram praticadas durante uma tentativa de asfixia. Outros exames deverão revelar se Tatiana morreu antes da queda do apartamento.
Vizinhos relataram a polícia que ouviram os gritos da advogada. O crime aconteceu no dia 22 de julho e o acusado permanece preso desde então. Após ser detido, o professor relatou que se acidentou porque a imagem da esposa pulando a sacada não saía da cabeça dele.
O casal estava junto há cinco anos. Familiares e amigos contaram que Tatiane queria pedir o divórcio. O Ministério Público acredita que a advogada vivia um relacionamento abusivo.
Em uma conversa por WhatsApp de Tatiane com a amiga Rosenilda Bielack, a vítima relata que tem medo do marido e que ele tinha "ódio mortal" por ela.