- Discussão ocorre através de urnas espalhadas em pontos estratégicos e internet
Goiânia vive uma crise hídrica de proporções gigantescas. A cada ano que passa a situação se complica mais. Entra ano, sai ano a discussão sobre o racionamento de água avança. Além do abastecimento de água tratada o Plano de Saneamento Básico da Capital, lançado nesta segunda-feira em Goiânia, prevê intervenções na questão de resíduos sólidos, esgoto e drenagem da água das chuvas. O objetivo é criar um sistema capaz de suportar o crescimento da cidade atendendo bem a população.
E a população pode participar da discussão do Plano através de urnas espalhadas em pontos estratégicos da capital ou por questionários via internet no site da prefeitura de Goiânia até o dia 4 de setembro. A expectativa, de acordo com o presidente da Agência de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos de Goiânia (ARG), Paulo César Pereira, é coletar junto à comunidade, informações a respeito da deficiência dos serviços prestados em cada região da Capital.
“Conhecer as possíveis deficiências e receber também sugestões para o Plano Municipal de Saneamento Básico. Saber como está o abastecimento de água em cada região, o esgoto tratado, se tem ou não. O serviço de limpeza urbana que vai desde a varrição até o tratamento do lixo e as questões que envolvem as chuvas, as inundações, sistemas de drenagem. O que está em pauta hoje na elaboração deste plano de trabalho é abrir o debate junto à população para que ela identifique os problemas e estes possam ser solucionados em benefício desta própria população”, frisa.
O presidente da ARG afirma que a elaboração do Plano de Saneamento precisa ser conhecida, sobretudo, como uma ação de cidadania. “Após enxergar as pessoas e suas necessidades, o Plano vai apresentar soluções efetivas para o saneamento de Goiânia e melhorar a qualidade de vida da população”, diz Paulo César Pereira. O presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Gilberto Marques Neto, lembra que a sociedade pode participar também por meio das pré-conferências que serão iniciadas nesta terça-feira e serão realizadas em todas as sete regiões de Goiânia.
Thiago Von Sperling, coordenador do Consórcio Diefra, empresa vencedora da licitação e que vai executar o Plano afirma que este “vai contribuir com a qualidade de vida da população, viabilizando promoção da saúde pública, a transparência do setor de prestação de serviços, sustentabilidade econômica, o diálogo com demais áreas, como o Plano Diretor, e a universalização do acesso aos serviços de saneamento”.
O Presidente interino da Saneago, Marcelo Mesquita, explica que o Plano de Saneamento Básico da Capital será fundamental para que Empresa possa saber onde investir”. Este plano quando estiver completo no final do ano, vai ser de fundamental importância para que a Saneago saiba onde investir para melhor atender a população da capital. Isto vai gerar economia e pode contribuir também para que não ocorra o que está ocorrendo agora, a possibilidade de racionamento de água. Quando a cidade projeta o futuro, a prestadora de serviço planeja os serviços de água e esgoto. Ela consegue basear seus investimentos. A gente planeja baseado nos planos municipais de saneamentos das prefeituras”.
Após esta primeira fase do Plano de Saneamento da Capital, coleta e tratamento de dados de água, esgoto, resíduos e drenagem em Goiânia, que vai até o dia 4 de setembro os estudos para a elaboração final do projeto seguem até o final deste ano.O Plano faz parte da lei federal 11.445 de 2007 que determina a criação de um plano municipal de saneamento básico nos municípios mas só agora está sendo colocado em prática pela prefeitura de Goiânia.
As urnas foram instaladas em terminais de ônibus, lojas de atendimentos da prefeitura, unidades de saúde e em shoppings. Já quem quiser participar do Plano pela internet é só acessar o site da Prefeitura de Goiânia. A primeira pré-conferência do Plano de Saneamento Básico da Capital será realizada nesta terça-feira na Escola Municipal Santa Helena na Vila Pedroso.