Foto:Divulgação/Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) em Goiás faz buscas para tentar localizar um homem de 48 anos, identificado como José Ribamar Pereira da Silva, suspeito de usar moradores de rua para falsificar documentos de empresários, violar o sistema do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e vender, de forma ilegal, madeira clandestina.
O delegado responsável pelo caso, Sandro Paes Sandre, afirma que a prática criminosa provocou danos ambientais "incalculáveis". Ele informou que o investigado já possui mandado de prisão preventiva decretado pela 11ª Vara Federal em Goiás e já foi denunciado por estelionato antes.
Até o momento o Ibama não se pronunciou sobre o caso.
Esquema
Sandre explicou que José Ribamar fazia a "cooptação de moradores de rua, falsificava identidades de donos de comércio de madeira, de empresas sérias. Após falsificar, colocava as fotografias destas pessoas da rua em documentos de identidade no nome dos reais empresários. Eles forjavam assinatura e, de posse dessa identidade, essa pessoa obtinha um certificado digital, e com a assinatura e senha digital em mãos, tinha acesso aos dados de empresas no sistema do Ibama”. Em seguida, "ele transferia o crédito florestal de empresas sérias para empresas de fachada que utilizavam este crédito para vender madeira ilegal”, disse em entrevista ao G1 Goiás.
Ainda de acordo com o delegado, o suspeito é do Maranhão, mas encontra-se em Goiás, como constatado pela PF. Ele criava, com ajuda de terceiros, empresas de fachada, na maioria na região norte do país, para desmatar áreas ilegais e conseguir comercializar a madeira de forma ilegal, dando baixa no sistema do Ibama.
A corporação informou que ainda não consegue precisar o valor do prejuízo causado pela fraude aos empresários vítimas do golpe. Além de José Ribamar, dois homens, cujas identidades não foram divulgadas, foram presos em Campinorte (GO) por suspeita de ajudar na falsificação dos documentos e criar contratos sociais das empresas de fachada.
José Ribamar deve ser indiciado por estelionato, falsificação de documento público e particular, organização criminosa e furto.
Com informações do G1/Goiás.