A taxa de saída das unidades locais das empresas (relação entre o número de empresas que fecharam e o total) em Goiás foi de 16,3% (27 mil empresas) enquanto a taxa nacional foi de 15,9% (781 mil empresas), entre 2015 e 2016. Essas taxas foram superiores às observadas entre os anos 2014 e 2015, as quais Goiás e Brasil registraram, respectivamente, 15,3% e 15,7%. Os levantamentos são do IBGE e foram divulgados, ontem, por sua unidade local em Goiânia.
As atividades econômicas que tiveram as maiores taxas de saídas no Estado em 2016 foram: Administração pública, defesa e seguridade social, 25,0%; Construção, 22,9% e Indústrias extrativas, 21,5%. Por outro lado, a taxa de entrada (relação entre o número de entradas e o total) em Goiás foi de 15,7% em 2016, índice acima da nacional que registrou 14,5% de taxa de entrada. Neste período, entraram em atividade 25,9 mil empresas em Goiás e 711,9 mil empresas no País.
As taxas de entrada observadas para o ano 2016 foram inferiores àquelas registradas para o ano 2015, as quais Goiás e Brasil registraram, respectivamente, 17,4% e 15,6%. As atividades econômicas que tiveram as maiores taxas de entradas no estado em 2016 foram: Atividades imobiliárias, 23,9%; Atividades profissionais, científicas e técnicas, 21,6% e Construção, 21,4%.
GOIÁS E BRASIL NEGATIVOS
Portanto, em 2016, assim como foi em 2014 (ano da crise econômica), tanto Goiás quanto Brasil ficaram negativos (-0,7% e -1,4% respectivamente) no saldo do número de empresas, pois saíram mais empresas do que entraram, como pode ser visto.
Os resultados de 2016 evidenciaram maior movimento de empresas para fora do mercado, quando comparados com os resultados de 2015, quando Goiás apresentou 2,1 pontos percentuais positivos no número de empresas, e o Brasil apresentou apenas 0,1 ponto percentual negativo.
Já a taxa de sobrevivência de empresas em Goiás (relação entre o número de empresas sobreviventes e o total) ficou em 84,3% no ano 2016, representando um total de empresas sobreviventes de 139,4 mil, e a taxa nacional foi de 85,5% de empresas sobreviventes (4.188,3 mil).
Goiás totalizou 165,2 mil unidades locais ativas de empresas no ano 2016, redução de 1,1 mil unidades locais em relação a 2015. Apesar da queda, Goiás continuou representando 3,3% das unidades locais ativas do país, que também mostrou redução (69,1 mil unidades) em relação a 2015. Em relação às demais Unidades da Federação, Goiás figurou como o 8º estado com maior número de unidades locais do Brasil, ficando atrás dos estados da região Sudeste (exceto Espírito Santo), Sul e do estado da Bahia.
Em 2016, apesar do aumento no número de pessoal ocupado assalariado nas empresas que entraram no mercado, cai o número de pessoal assalariado nas empresas ativas no estado de Goiás.
Apesar de Goiás apresentar queda no total de ocupações assalariadas das empresas ativas (de 995,8 mil em 2015 para 955,8 mil pessoas em 2016) e das sobreviventes (de 953,9 mil para 910,8 mil pessoas de 2015 a 2016), o número de pessoal ocupado das empresas que entraram no mercado em 2016 cresceu, passando de 41,9 mil em 2015 para 44,9 mil, bem como o número de pessoal ocupado das empresas que saíram do mercado, passando de 21,7 mil em 2015 para 23,6 mil em 2016.
Goiás registrou taxas de 2,5% de pessoal ocupado na saída das empresas e 4,7% na entrada, ficando 2,2 pontos percentuais positivo na variação das ocupações assalariadas de unidades locais ativas, enquanto o Brasil acumulou, também positivamente, um saldo de 1,5%. A maioria do pessoal ocupado assalariado em Goiás, no ano 2016, estava empregada nas empresas sobreviventes, 95,3%, percentual inferior ao apresentado em 2015 (95,8%) e também inferior ao percentual nacional, 96,4%.
INDÚSTRIA EXTRATIVA
As atividades com maior número de unidades locais ativas em Goiás foram Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (79,6 mil), seguida de Indústrias de transformação (16,3 mil) e Alojamento e Alimentação (9,5 mil). Apesar de tais predominâncias, as maiores taxas de entradas foram registradas nas Atividades imobiliárias (23,9%), seguida de Atividades profissionais, científicas e técnicas (21,6%) e Construção (21,4%).
Já as maiores taxas de saídas de empresas ficaram por conta das atividades de Administração pública, defesa e seguridade social (25,0%), Construção (22,9%) e Indústrias extrativas (21,5%).
Com relação ao saldo de entradas e saídas de unidades locais, as atividades que registraram as maiores variações positivas foram Saúde humana e serviços sociais, com 10,3 pontos percentuais, seguida de Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, com 10,2 pontos percentuais. Já as atividades que registraram as maiores variações negativas foram Administração pública, defesa e seguridade social, com -8,3 pontos percentuais, seguida de Indústrias extrativas, com -5,9 pontos percentuais.
Já para a variável pessoal ocupado assalariado, as atividades que mais empregaram foram Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (275,5 mil), seguida de Indústrias de transformação (225,4 mil) e Atividades administrativas e serviços complementares (97,3 mil).
Contudo, as atividades que registraram as maiores taxas de pessoal ocupado nas unidades locais de entrada foram Alojamento e alimentação, Outras atividades de serviços e Atividades imobiliárias, com taxas de 9,3%, 7,7% e 7,3%, respectivamente. As maiores taxas de saída de pessoal ocupado assalariado foram registradas nos setores da Indústria extrativa (18,5%), de Informação e comunicação (4,6%) e da Construção (3,9%).
O saldo de entradas e saídas de pessoal ocupado assalariado foi positivo nas atividades de Alojamento e alimentação, seguida das Atividades Imobiliárias, com 5,7 e 4,8 pontos percentuais respectivamente. Por outro lado, a atividade das Indústrias extrativas foi a única que apresentou saldo negativo, -14,3 pontos percentuais. Todos os demais segmentos que tiveram taxas calculadas registraram saldo de entradas e saídas positivo, variando entre 0,4 e 5,7 pontos percentuais.
SETOR DE ELETRICIDADE E GÁS
Em Goiânia, no ano 2016 as maiores taxas de entradas de unidades locais foram registradas nos setores de Eletricidade e gás (46,7%), seguido das Indústrias extrativas (34,1%) e das Atividades Financeiras, de seguros e serviços relacionados (24,6%). Já as maiores taxas de saídas de empresas ficaram por conta das atividades de Administração pública, defesa e seguridade social (75,0%), Indústrias extrativas (34,1%) e Eletricidade e gás (26,7%).
Com relação ao saldo de entradas e saídas de unidades locais goianienses, as atividades que registraram as maiores variações positivas foram Eletricidade e gás, com 20,0 pontos percentuais, seguida de Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, com 11,6 pontos percentuais. Já as atividades que registraram os maiores saldos negativos foram Indústrias de transformação, com -5,3 pontos percentuais, seguida de Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas, com -3,4 pontos percentuais.
Para a variável pessoal ocupado assalariado, as atividades que registraram as maiores taxas de entrada foram Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, seguida de Alojamento e alimentação e Outras atividades de serviços, com taxas de 26,2%, 9,7% e 7,9%, respectivamente. Já as maiores taxas de saída de pessoal ocupado assalariado foram registradas nos setores de Informação e comunicação (5,7%), de Alojamento e alimentação (4,3%) e das Indústrias extrativas (3,9%).
O saldo de entradas e saídas de pessoal ocupado assalariado foi positivo nas atividades de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, seguida de Alojamento e alimentação, com 24,8 e 5,4 pontos percentuais respectivamente. Por outro lado, as atividades das Indústrias extrativas, seguida das Indústrias de transformação apresentaram saldo negativo de -1,9 e -0,6 ponto percentual, respectivamente.
ALTO CRESCIMENTO
No ano 2016, Goiás contava com 1,3 mil unidades locais de empresas de alto crescimento, que são empresas ativas com 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas, e com média de crescimento do pessoal ocupado assalariado de pelo menos 20% ao ano entre 2013 e 2016. Esse valor representou uma queda de 24,3% em relação a 2015. Na observação da série, que teve início em 2008, o maior índice de Goiás ocorreu no ano 2013, no qual o estado registrava 2,2 mil unidades locais de empresas de alto crescimento. Neste sentido, Goiás segue o mesmo perfil que Centro-Oeste e Brasil, os quais vêm apresentando quedas sucessivas no número de unidades locais de empresas de alto crescimento desde o ano 2014.
Quanto ao Pessoal Ocupado Assalariado nas unidades locais de empresas de alto crescimento em 2016, Goiás também registrou o menor valor da série, iniciada em 2008, com 64,9 mil pessoas. Em relação a 2015, o pessoal ocupado teve um recuo (-35,5%) maior do que o observado para o número de unidades locais (-24,3%). Variação similar é observada entre os anos 2016 e 2008, a qual o pessoal ocupado sofreu queda de 36,0%.
Os valores mais altos de pessoal ocupado assalariado nas unidades locais de empresas de alto crescimento foram registrados no ano 2012 para Goiás e Brasil, com 150,8 mil e 5,3 milhões de pessoas, respectivamente, enquanto para a região Centro-Oeste a máxima foi verificada no ano 2013, com 413,1 mil pessoas.
EMPRESAS GAZELAS
Com relação às Empresas Gazelas, que são empresas de alto crescimento com até cinco anos de idade no dia 31/12/2016, Goiás contava com 187 unidades locais que empregavam 7,6 mil pessoas assalariadas, representando 4,2% do total de unidades locais de empresas gazelas e 3,2% de pessoal ocupado assalariado por tais empresas observados para Brasil. Com tais números, Goiás ocupa 8ª posição no número de unidades locais de empresas gazelas, e 11ª posição no pessoal ocupado assalariado, em relação às demais unidades da federação.
Unidades locais das atividades de Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas representam mais de 30% das empresas de alto crescimento em Goiás As atividades com maior número de unidades locais de empresas de alto crescimento em Goiás foram: Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (401), seguida de Indústrias de transformação (126) e Transporte, armazenagem e correio (122).
Tais atividades representavam 30,7%, 9,7% e 9,3% do total de unidades locais de alto crescimento do Estado. Este perfil de participação das atividades em relação ao total se manteve no estado nos anos 2015 e 2008. Já para a variável pessoal ocupado assalariado de unidades locais de empresas de alto crescimento, as atividades que mais empregaram foram Atividades administrativas e serviços complementares (15 mil pessoas), seguida de Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (10,5 mil pessoas) e da Construção (9,4 mil pessoas).
Essas atividades representavam respectivamente 23,1%, 16,2% e 14,5% do pessoal ocupado do estado. Em relação a esta variável, observa-se que o perfil de participação das atividades para 2016 difere dos anos 2015 e 2008, e também daquele apresentado pelo Brasil em 2016, o qual tinha maior número de pessoal ocupado assalariado das unidades locais de empresas de alto crescimento nos setores de Atividades administrativas e serviços complementares (24,5%), seguido de Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (16,9%) e de Indústrias de transformação (16,3%).