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Doença atinge 10 milhões de brasileiros

Esta é a semana mundial de combate à Osteoporose, e ações de prevenção são desenvolvidas por diversas insti­tuições e profissionais da medici­na. A osteoporose é caracterizada pela perda gradual de massa que enfraquece os ossos por deteriora­ção da microarquitetura tecidual e que tem como consequência a diminuição da quantidade óssea, tornando-os frágeis e suscetíveis às fraturas. No Brasil, 10 milhões de pessoas já sofrem com a doen­ça e, segundo estudo divulgado pela Fundação Internacional de Osteoporose (IOF, sigla em inglês), até 2050 as fraturas osteoporóticas devem aumentar em 32%.

Nos últimos anos tem ocorri­do aumento de registros da doen­ça no Brasil e no mundo, fato que, segundo o médico ortopedista do Centro de Ortopedia Especializa­da (COE Goiânia), Regis Castro, se dá pelo aumento da expectati­va de vida da população. “Temos mais pacientes idosos do que ti­nha há 20 anos e até 2050 estima­-se aumento de 32% nos casos de osteoporose, além de fraturas de fêmur com incidência bem maior. Hoje em dia, uma em cada três das mulheres acima de 65 anos tem osteoporose, principalmen­te as mulheres brancas. Quando a idade é acima dos 75, mais de 60% vão ter osteoporose”, afirma.

Muitas vezes, nos estágios ini­ciais da osteoporose, a perda de massa óssea não causa sintomas, por isso pessoas dentro dos gru­pos de risco precisam consultar um médico ortopedista regular­mente. “Pessoas brancas, com histórico de doença osteoporó­tica na família, que fazem uso de corticoide ou outras medicações que inibem a produção de osteo­clastos ou osteoblastos e que fa­zem uso corriqueiro de álcool ou tabagismo são alguns casos que pode se suspeitar”, explica Regis.

A doença é normalmente diagnosticada após uma fratu­ra, mas isso deve acontecer mais no início, principalmente com o acompanhamento de alguns mé­dicos. As fraturas osteoporóticas são fratura de punho, fratura de úmero proximal, de costela, ver­tebral e de fêmur. “Quando temos paciente idoso com alguma des­sas fraturas deve-se obrigatoria­mente investigar osteoporose”, afirma o especialista.

No caso das mulheres, o gi­necologista é o primeiro espe­cialista a suspeitar da doença. “A osteoporose atinge mais as mu­lheres por uma simples razão. Quando chegam à menopausa há uma alteração hormonal com a queda do estrógeno e essa que­da faz aumentar a quantidade de osteoclasto, célula responsá­vel pela reabsorção óssea, então ela vai perdendo mais massa ós­sea após a menopausa”, pontua o médico ortopedista.

Segundo Regis, as principais formas de prevenção da doença para a população de forma ge­ral é ter uma alimentação equi­librada e rica em cálcio, prin­cipalmente ingerindo leite e derivados de leite na infância e início da vida adulta. Além disso, é indicado tomar sol para sinte­tizar a vitamina D, daí a impor­tância de as crianças brincarem ao ar livre. E em qualquer idade, é importante praticar atividade física regularmente.

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