O Parque Areião se localiza entre os setores Pedro Ludovico Teixeira e Marista Sul, ao lado da Alameda Coronel Eugênio Jardim e Avenida Americano do Brasil, Rua 90, Avenida Areião e Avenida 5ª Radial. A grande atração são os macacos-pregos que chamam a atenção de todos os visitantes. Mas falta fiscalização, o que coloca a espécie em risco. Localizado na região Sul de Goiânia, abriga fauna e flora remanescente do Cerrado.
Possui uma área de 215.000 m², que se constitui em área de preservação permanente com vegetação de floresta da galeria e vereda, abrigando espécies de fauna nativa. Feito a partir do traçado original da cidade, considerado como reserva ambiental no Plano Original da Cidade de Goiânia, aprovado em 1938 e seu patrimônio natural incluindo três nascentes do Córrego Areião e um braço do Córrego Botafogo pertencente à Bacia do Rio Meia Ponte.
Há mais de sessenta anos, esta área, a exemplo de tantas outras consideradas reservas, vem sofrendo desgastes, fato minimizado apenas quando retornou ao seu verdadeiro papel de parque público municipal.
DESCASO
Falta cuidado com a preservação da área verde. Dentro do Parque Areião não há novas mudas plantadas e nota-se a escassez de árvores em vários pontos. As pistas de cooper estão abandonadas. Também não se nota policiamento, o que facilita que os macacos fiquem expostos a todo tipo de interferência humana. Dentro do parque a circulação de cães com seus donos é livre e é comum vê-los latindo e investindo contra os macaquinhos, o que deveria ser proibido. A prioridade em um parque ambiental é a preservação de espécies nativas, como é o caso do macaco-prego. Cães domésticos se tornam possíveis predadores e definitivamente são inimigos dos macacos. Nota-se que os cães latem e investem contra os pequenos animais, e, ao invadirem o pouco habitat que ainda lhes restam, acabam prejudicando o ambiente e causando estresse às espécies ali remanescentes da Mata Atlântica.
Urge que sejam plantadas novas mudas arbóreas do Cerrado em áreas do parque que estão escassas.
Também há um sério processo erosivo em andamento, além de que as pistas de cooper internas estão danificadas.
A pista de cooper possui 2.400m, duas estações de ginásticas, um campo de futebol e parque infantil, além de um lago.
Tudo está muito precarizado.
FLORA
Em relação à flora, o parque é composto de plantas do Cerrado e por áreas de reflorestamento que estão bastante devastadas. Já a fauna nativa conta com a presença de macacos-pregos, pássaros entre outros animais de pequeno porte.
O Parque Areião possui uma Vila Ambiental, projetada para desenvolver atividades de educação ambiental.
Nota-se áreas com escassa vegetação e a necessidade de plantação de novas espécies arbóreas.
FAUNA
Sapajus é um gênero de primatas da América do Sul que inclui as espécies de macaco-prego, também chamados micos-de-topete. [1] Os macacos do gênero Sapajus pertencem à família Cebidae, subfamíia Cebinae, e são uns dos mais comuns primatas da América do Sul. Outrora, as espécies desse gênero estavam incluídas no gênero Cebus e por muito tempo foram consideradas membros de uma única espécie Cebus apella.
A taxonomia (técnica de classificação) dos macacos-prego é confusa e mudou diversas vezes, sendo que o número de espécies variou entre uma única espécie até 12 espécies. Evoluíram, provavelmente, na região da Mata Atlântica e depois povoaram outros habitats, como a Amazônia.
O registro fóssil é esparso. Ocorrem na América do Sul, desde regiões amazônicas, até o sul do Paraguai e norte da Argentina e por todo o Brasil. São muito adaptáveis e ocorrem virtualmente em todos os ambientes e tipos de vegetação ao longo de sua distribuição geográfica, desde florestas úmidas até savanas e o semiárido, como a caatinga do nível do mar até 2700 m de altitude.
São macacos de porte médio, pesando entre 1,3 kg e 4,8 kg, com até 48 cm de comprimento, sem a cauda, que é preênsil, embora não tenha a mesma mobilidade que a cauda dos macacos-aranhas e muriquis. Esta tem papel principalmente na manutenção da postura. O quadrupedalismo é a forma predominante de locomoção. A cor da pelagem varia entre as espécies e os indivíduos, permitindo o reconhecimento destes. Os dentes são robustos e apresentam adaptações à ingestão de alimentos duros e difíceis de mastigar.
FLAGRANTE DE CRIME AMBIENTAL
Nota-se a presença de animais domésticos, quais sejam cães na área interna do parque, que estão constantemente latindo e investindo contra os macacos-pregos, o que causa constrangimento e revolta.
Não haveria de se tolerar que animais domésticos fossem permitidos no habitat dos macacos, uma vez que a área é protegida.
Falta fiscalização e os pequenos animais ficam desprotegidos, à mercê das imprudências dos seres humanos.
AMMA
A Agência Municipal do Meio Ambiente foi contactada por essa reportagem, e em resposta, Gisele Martins Tristão, da Gerência de Parques e Unidades de Conservação, disse que a Vila Ambiental está sendo reformada. Sobre os corriqueiros ataques de animais domésticos aos macacos, disse que falta fiscalização, vez que o quadro da prefeitura está reduzido.