Goiânia apresentou em setembro a variação de 34,4% nas passagens aéreas, a maior alta registrada para o mês desde a inclusão do item na pesquisa em 1999, elaborada pelo IBGE e ontem divulgada pela instituição.
Em comparação a outras regiões pesquisadas, Goiânia teve a maior variação do item para o mês de setembro do País. Ao lado dos combustíveis de veículos, a passagem aérea impactou no crescimento da variação dos transportes, uma vez que estes itens tiveram aumento em relação em agosto.
Voar de Goiânia para outras cidades, pelo visto, ficou mais difícil em decorrência dos reajustes nas passagens aéreas. Segundo lembra uma passageira que com freqüência viaja a negócios a São Paulo, que prefere não se identificar, observa que até o lanche em geral servido no avião é pago e caro. No aeroporto, um simples cafezinho não sai por menos de R$ 6,00 a xícara.
OUTROS DADOS DA PESQUISA DO IBGE
As frutas também se destacam entre as maiores altas observadas em Goiânia: melancia (14,03%), uva (8,09%), abacaxi (7,49%) e tomate (7,07%). As maiores variações negativas foram observadas para cebola (-16,54%), batata inglesa (-8,56%), repolho (-6,78%) e laranja pêra (-5,39%).
O IPCA de setembro de 2018, em Goiânia, registrou variação positiva de 0,49%, semelhante ao nacional, que registrou variação de 0,48%. Para a capital goiana, setembro, essa foi à maior variação desde 2015. Nos últimos 12 meses, o índice acumulou 5,56% em Goiânia, registrando o maior índice entre os locais pesquisados, ficando acima do nacional que acumulou 4,53%.
Dos nove grupos de atividades investigados, apenas três grupos apresentaram variação mensal negativa em Goiânia em setembro: Comunicação (-0,10%), Alimentação e bebidas (-0,07%) e Vestuário (-0,01%). Respondendo por cerca de 20% das despesas das famílias, o grupo Transporte, que em agosto apresentou deflação (-0,57%), em setembro apresentou a maior alta entre os grupos pesquisados, com 1,20%. Os demais grupos que apresentaram as maiores altas no índice de preços para os goianienses foram: Artigos de residência (0,74%), Habitação (0,66%) e Saúde e cuidados pessoais (0,58%).
MAIOR ALTA DO INPC
O INPC, índice calculado cuja população objetivo é as famílias com rendimentos de até cinco salários-mínimos, foi de 0,41% em Goiânia no mês de setembro, a maior alta para o mês desde 2015 (0,73%). O Brasil registrou variação mensal de 0,30%.
Dos grupos de atividades investigados, Transportes (0,86%), Artigos de residência (0,65%), Saúde e cuidados pessoais (0,63%) e Habitação (0,61%) tiveram as maiores altas no índice de preços para os goianienses. Apenas Comunicação (-0,20%) apresentou variação negativa para o mês de setembro. No acumulado dos últimos 12 meses, Goiânia teve a terceira maior variação entre as regiões pesquisadas, com 5,12%, 1,15 ponto percentual acima do INPC nacional (3,97%).
Desde setembro de 1981, o IBGE passou a disponibilizar os índices de preços, cujo período de coleta de preços estende-se, em geral, do dia 1º a 30 do mês de referência.
Em Goiânia, o índice começou a ser pesquisado em janeiro de 1991. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) tem como população objetivo às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) tem como população objetivo às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários-mínimos, e cujos chefes são assalariados.
A abrangência da pesquisa atinge as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Vitória e Curitiba, além de Brasília, Campo Grande e Goiânia.