Um agente da Polícia Civil de Goiás está entre os quatro suspeitos que foram presos por militares do Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer) na noite da última sexta-feira (8/03), em Goiânia com 12 armas de grosso calibre, munições e até uma granada. Marcos Vinícius Pereira já havia sido denunciado pelo Ministério Público junto com outros policiais em 2015, suspeito de integrar uma quadrilha de traficantes de drogas que agia em Anápolis.
O agente, segundo a ocorrência registrada pela PM, foi abordado em um posto de combustíveis às margens da BR-153, no momento em que havia acabado de vender um fuzil calibre 5.56 para um homem, que não teve o nome divulgado, e que também acabou preso. No momento da abordagem, Marcos Vinícius estava armado com uma pistola de uso restrito, calibre nove milímetros, sem registro.
Após a prisão dele e do comprador do fuzil, os policiais do Graer chegaram até um apartamento no Setor Alto da Glória, onde foram localizados mais um fuzil, quatro carabinas, cinco pistolas, uma granada e 700 munições de diferentes calibres, incluindo Ponto 50. Dois homens que estavam no apartamento também foram presos e autuados na Central de Flagrantes junto com o policial civil e o suspeito que havia comprado o fuzil no posto.
Há quatro anos, Marcos Vinícius Pereira foi investigado na Operação Malavita, desencadeada pela Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público Estadual em Anápolis, e acabou indiciado por usurpação de função pública qualificada, concussão e peculato. A Assessoria de Comunicação da Polícia Civil de Goiás confirmou a prisão em flagrante de Marcos Vinicius Pereira Lima e afirmou que, embora ainda integre os quadros da corporação, o agente está afastado das atividades por decisão judicial desde 2015, em decorrência da operação da PC.
A Corregedoria da Polícia Civil, ainda conforme a nota, já foi informada sobre a prisão do agente e está apurando os fatos. As polícias Militar e Civil ainda não divulgaram detalhes da operação, mas a suspeita é que o armamento apreendido e os quatro presos sejam ligados a criminosos que assaltam bancos na modalidade conhecida como “novo cangaço”.