O reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), professor Haroldo Reimer, pediu a o afastamento do cargo na manhã desta quarta-feira (27). A justificativa é de que a renúncia seria humilhante pois investigações ainda estão em curso. A proposta foi aprovada pela tarde no órgão máximo deliberativo da universidade, o Conselho Superior Universitário (CSU) e passa valer a partir do próximo domingo (31).
“Não quero ser óbice para a boa relação entre governo e universidade. Quero me afastar. A renúncia é humilhante e desonrosa e passa um atestado de culpa que não existe nesse momento. Existem indícios de irregularidades que estão sendo, ainda, apuradas”, disse o professor Haroldo. O mandado dele estava previsto até o próximo ano.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Ivano Devilla, é quem deve assumir o cargo temporariamente a partir do dia 1º de maio, até que as eleições suplementares sejam finalizadas. O pedido de adiantamento da escolha de novo reitor será enviado ao Governo Estadual.
As possíveis irregularidades são sobre contratos realizados de funcionários por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Segundo um jornal goiano, a Controladoria Geral do Estado (CGE) aponta falta de documentação que comprove a carga horária e a execução de serviços de profissionais durante o ano de 2018. Os valores chegariam a R$ 4 milhões.
O veículo também diz que haveria a falta de comprovação de serviços de locação de veículos pagos com os mesmos recursos, na ordem de R$ 18 mil. Ao todo, eram 7.110 estudantes em 286 cursos de formação inicial e continuada e 22 profissionalizantes, que aconteciam paralelamente ao Ensino Médio.
A UEG ainda escolheu os nomes dos docentes, servidores técnico-administrativos que vão presidir a Comissão Eleitoral. Segundo o cronograma, as eleições suplementares devem ocorrer em junho e o novo reitor deve assumir em agosto. O governador Ronaldo Caiado (DEM) deve aprovar ou vetar a realização da eleição suplementar.