A Justiça determinou, após um denúncia anônima, a interdição do alojamento da escolinha de futebol em Senador Canedo, Região Metropolitana de Goiânia. No local 68 jovens viviam em condições insalubres e precárias, recrutados com a promessa de se tornarem jogadores de futebol.
Segundo o relatório da Vigilância Sanitária, foram verificadas cerca de 61 irregularidades que precisam ser sanadas para que o ocorro o funcionamento do Coruja Sports Empreendimentos e Ilha Bella Polivalente. Além disso, os responsáveis pelo alojamento e Centro de Treinamento não possuíam alvará de fiscalização.
De acordo com as investigações do Ministério Público, os pais dos garotos enviavam a enviavam a quantia de R$ 500 mensalmente para mantê-los no alojamento e na escola de futebol. Os jovens moravam em dormitórios coletivos, com pouca luminosidade, ventilação insuficiente, dois banheiros, uma cozinha e uma área de convivência. Na geladeira só havia água e na dispensa faltava alimentos.
O juiz Giuliano Morais Alberici, da 1ª Vara Cível, Família e Sucessões e Infância e Juventude determinou, após a interdição, que os jovens fossem retirados do alojamento e transferidos par um local adequado com alimentação, transporte e com acesso a meios de comunicação. Ainda segundo a determinação do MP, caso as ordem não sejam cumpridas, o responsável pelo dormitório deve pagar multa diária de R$ 30 mil.
Por meio de nota, a Ilha Bella Polivalente informou que não tem mais parceria com o Coruja Sports Empreendimentos. Sendo assim, não respondem pelo local.
(Foto: Reprodução/Coruja Sports Empreendimentos)