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Motoristas da Uber derem à greve mundial e paralisam serviço por 24h nesta quarta

Motoristas da Uber de várias cidades do Brasil  aderiram nesta quarta-feira (08/05) a uma paralisação mundial pleiteando maiores taxas tarifárias por corridas realizadas. Segundo a Associação de Motoristas de Aplicativo de São Paulo (Amasp), o valor não é reajustado há três anos e contrasta com o aumento no preço do combustível e do custo de vida.

Os motoristas foram instruídos pelos representantes da Amasp a desligarem o aplicativo a partir das 23;59 desta terça-feira (07/05). Além disso, os motoristas também estão organizando manifestações em diversos locais do país. Os motoristas pleiteiam uma taxa mínima de 10 reais por viagem, segundo a Amasp.

O movimento começou nos Estados Unidos, devido à abertura de capital (em inglês, IPO) da Uber na Bolsa de Nova York, marcada para sexta-feira (10/05). A ideia é utilizar a data para chamar a atenção das pessoas sobre as condições de trabalhos dos motoristas. “A Uber está crescendo, ficando milionária, entrando na Bolsa, e os que lutaram para isso acontecer, os motoristas, estão ficando para trás. É uma forma de mostrar para o mundo que existe o motorista também”, afirma Eduardo Lima, presidente da Amasp, em entrevista ao Estadão.

O movimento ganhou força através de grupos em redes sociais como Facebook, WhatsApp e Telegram. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tem cerca de 1 milhão de motoristas por aplicativos.

Apesar do movimento estar relacionado com a Uber, no Brasil, motoristas de outros aplicativos como a 99 e o Cabify também devem aderir à paralisação, o que facilitaria as negociações, segundo Lima. “Se conseguirmos um aumento só para a Uber, por exemplo, as outras empresas saem no lucro e ganham a concorrência. Por isso, o ideal seria que todos tentassem”, afirma o representante.

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