Servidores que já morreram continuam recebendo os salários normalmente é o que apontou um recadastramento do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O órgão informou que já tomou providências para que não sejam feitos mais pagamentos. De acordo com as investigações do Ministério Público de Contas (MPC), há irregularidades na instituição, como o pagamento de supersálarios.
O recadastramento foi feito no início do ano, após o Ministério Público de Contas encontrar irregularidades como o pagamento de supersalários e efetivação irregular de servidores comissionados. A ação concluiu que dos 1.055 funcionários, entre servidores efetivos, aposentados e pensionistas ligados ao órgão, cinco não compareceram para atualizar os dados.
O TCE apurou que destes, dois já morreram, mas continuam recebendo os salários. Os outros três, até o momento, não procuraram a instituição.
O procurador do Ministério Público de Conas, Fernando dos Santos Carneiro disse que “somente agora, na gestão atual, é que se faz um recadastramento dos servidores, o que é vergonhoso, ou seja, não conhece sua força de trabalho, não sabe onde estão essas pessoas, não sabe o que fazem essas pessoas”.
O tribunal já pediu o bloqueio dos pagamentos dos servidores mortos. “Não pagamos mais e agora estamos obtendo junto ao banco o retorno desse recurso que parece não ter sido gasto pelo servidor ou pelos descendentes deles”, disse o presidente do TCE, Celmar Reche.