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Com cerca de 32 mil venezuelanos vivendo em Roraima, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público Regional de Rondônia (MPRR) Estadual tem recebido denúncias de que mães e grávidas venezuelanas, que moram em Roraima, vem recebendo propostas de pessoas que querem comprar seus filhos. As ofertas variam entre R$ 200 e R$ 6 mil por cada criança. A Polícia Federal investiga.
Yssyssay Rodrigues, coordenadora de projetos da Organização Internacional de Migração (OIM) em Roraima, confirma que tem ocorrido propostas de assédio a mães e grávidas venezuelanas para vender seus bebês.
Além desse cenário, Yssyssay revela ainda uma pesquisa feita em 2018 pela OIM e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) envolvendo exploração sexual, ameaças de violência e trabalho infantil de crianças venezuelanas em Roraima. A OIM diz que esse número pode ser maior, pois muitos casos não chegam sequer a ser denunciados.
Assembleia de Roraima registrou seis casos de tráfico humano envolvendo venezuelanas
De acordo com a Policia Federal, em setembro de 2018, um homem de Bangladesh e uma brasileira foram presos em flagrante quando tentavam registrar uma venezuelana recém-nascida em um cartório na capital. Se gundo a PF, o acordo foi de R$ 2 mil. .
Somente no primeiro semestre deste ano (2019) a Assembleia Legislativa de Roraima registrou ainda, outros seis casos de tráfico humano envolvendo mulheres venezuelanas.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) afirma que é crime entregar um filho a outros, mediante pagamento ou recompensa. A punição vai de um a quatro anos e multa.
*Com informações G1
