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Versace pede desculpas após camiseta desencadear duras críticas na China

A grife italiana Versace e sua diretora artística, Donatella Versace, pediram desculpas no domingo, depois que uma das camisetas da empresa foi amplamente criticada nas redes sociais na China por identificar os territórios controlados pelos chineses de Hong Kong e Macau como países.

A nova polêmica envolvendo uma grife italiana ocorreu porque nas camisetas da Versace foram impressos os nomes de várias cidades, incluindo capitais e outros grandes municípios europeus e americanos, com sua determinada nação. Contudo, a lista de pares "cidade-país", com por exemplo "New York-USA" e "Beijing-China", trazia Hong Kong e Macau como "Hong Kong-Hong Kong e Macau-Macau".

Esta é mais uma polêmica envolvendo grifes italianas. No ano passado, a Dolce &Gabbana foi acusada de racismo e sexismo na China e precisou até cancelar um desfile em Pudong, distrito de Xangai.

A Versace, que foi comprada pela Capri Holdings, de Michael Kors, em setembro, disse em sua conta no Twitter que tinha cometido um erro e que desde 24 de julho tinha parado de vender e havia destruído as camisetas.

Versace é a empresa mais recente a se complicar em questões políticas envolvendo a China, que desde o ano passado tem aumentado seu acompanhamento de como as empresas estrangeiras descrevem Hong Kong e Macau, ex-colônias europeias que são agora parte da China, mas governadas com um alto grau de autonomia.

"A Versace reitera que amamos profundamente a China e respeitamos resolutamente o território e a soberania nacional da China", disse a companhia em um comunicado.

Tanto Hong Kong quanto Macau foram designados estados independentes, embora, no final dos anos 1990, as ex-colônias europeias tenham regressado à China. As imagens das roupas foram amplamente divulgadas nas mídias sociais chinesas e provocaram uma imensa polêmica.

Em uma mensagem em sua conta no Instagram, Donatella lamentou profundamente "o infeliz erro" e reforçou que "nunca quis desrespeitar a soberania nacional da China". "É por isso que eu queria pedir desculpas pessoalmente por tamanha imprecisão e por qualquer aflição que isso possa ter causado", escreveu. A empresa italiana ainda informou que está verificando "ações para melhorar a maneira como operamos dia após dia para nos tornarmos mais conscientes".

Após o caso, a embaixadora da marca na China, a famosa atriz chinesa Yang Mi, decidiu interromper sua cooperação com a Versace, acusando-a de tentar minar a integridade nacional. "A integridade territorial e a soberania da China são sagradas e invioláveis em todos os momentos", disse o estúdio da embaixadora, Jiaxing Media, no comunicado.

Com informações do Terra

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