Números confirmam aumento de casos suspeitos de coronavírus no país após primeiro brasileiro contaminado. De acordo com o Ministério da Saúde, esse número cresceu cerca de 1.500% em menos de 24 horas.
A ampliação da lista de países usados com critério para diagnóstico contribuiu para esse aumento de casos suspeitos. O Ministério afirma que as infecções dos casos não analisados ainda, passaram de 20 para mais ou menos 300.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo explicou que a maioria dos casos pendentes vão entrar para a lista de suspeitas, mas não garante que serão 100%. Devido ao crescimento brusco das notificações, a equipe ainda não conseguiu analisar todos os casos pendentes.
Casos suspeitos
Segundo o secretário, o paciente deve apresentar febre, algum outro sintoma respiratório, assim como ter viajado para outro país onde houve no mínimo cinco casos de transmissão local do vírus, ou ter entrado em contato com um caso suspeito ou confirmado.
Gabbardo relatou que chegavam por volta de três casos por dia, e logo receberam 300 para serem analisados. No entanto, afirma que é um trabalho logo. "É preciso ligar para a secretaria, fazer um exame detalhado e falar com a vigilância epidemiológica, não conseguimos dar conta", declarou.
De acordo com o secretário, a migração da Europa, Alemanha, França e Itália para o Brasil, fez crescer o número de casos suspeitos. Assim como também a viagem do brasileiro para a Itália, que foi considerado o primeiro caso.
Migração, carnaval e confirmação de caso contribuíram para aumento dos suspeitos
No carnaval, devido muitas unidades de saúde fecharem, o secretário afirmou que pode ser que tenha contribuído para elevar as notificações. Segundo Gabbardo, devem ser analisado os próximos dias para saber se foi algo pontual ou não.
Dos 132 casos suspeitos em análise, dois exames deram negativo. Entre as suspeitas, 121 têm histórico de viagem para algum país onde ocorre a transmissão do vírus, 8 tiveram contato com outros casos suspeitos e 3 entraram em contato com o único caso confirmado no Brasil até o momento.
Outras 60 suspeitas foram descartadas desde o início do surto por não atenderem os critérios técnicos e epidemiológicos.
O secretário informou que esse aumento levou a pasta a estudar mudanças no processo de análise, mas não informou detalhes destes ajustes. "Vamos nos reorganizar para atender essa demanda maior", concluiu Gabbardo.
*Com informações do UOL