O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, reconheceu nesta quinta-feira que os Jogos de Tóquio terão de ser cancelados caso a pandemia do coronavírus não estiver controlada em 2021. Em função do surto da doença pelo mundo o evento foi adiado por um ano, em março.
A afirmação de Bach está em consonância com declaração recente de Shinzo Abe, primeiro-ministro japonês, de que o evento pode não ocorrer caso a virose não esteja contida. O país registra 784 mortes em função do coronavírus.
"Francamente, consigo entender isso, porque você não pode empregar para sempre 3.000 ou 5.000 pessoas em um comitê organizador. Você não pode mudar todo ano a programação esportiva mundial inteira de todas as principais federações. Você não pode ter os atletas sob incerteza", afirmou Bach, em entrevista à BBC.
Bach reforçou, porém, o discurso de que o COI está completamente comprometido em realizar a Olimpíada em 2021. O dirigente reconheceu, porém, que há muitas indefinições, incluindo a possibilidade de os atletas terem de permanecer em isolamento durante o período da Olimpíada.
"O que isso pode significar para a vida em uma Vila Olímpica? Todos esses cenários diferentes estão sendo considerados e é por isso que estou dizendo que é uma tarefa gigantesca, porque existem muitas opções diferentes que não são fáceis de abordar", apontou o presidente do COI.
A Olimpíada foi remarcada para o período entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021. Bach espera ter logo indicativos da situação sanitária no mundo nesse período para tomar decisões envolvendo a organização e realização do evento. "Quando tivermos uma visão clara de como o mundo será visto em 23 de julho de 2021, tomaremos as decisões apropriadas", concluiu.