Uma espécie de seita que cometia abusos contra mulheres e menores de idade foi desfeita nesta segunda-feira (20) pela polícia de Novara, Itália. O grupo existia há três décadas e tinha como líder um homem de 77 anos, cuja identidade não foi revelada. Ele foi indiciado por associação criminosa destinada à escravidão e por executar "numerosos e graves crimes de âmbito sexual, também com danos de menores", conforme informações do site Terra.
Segundo a investigação da delegacia local, era o homem quem escolhia as jovens para o grupo. Ele doutrinava as vítimas por meio de aulas de dança ou de "práticas mágicas". Para "anular o eu pensante" e "isolá-las do mundo externo" utilizava métodos de práticas sexual extremas e dolorosas, em verdadeiras torturas", conforme aponta o jornal italiano La Repubblica.
O jornal ainda ressaltou que as vítimas não podiam falar o nome do homem. Ele decidia se as vítimas deveriam trabalhar ou "divertí-lo". A polícia afirma que "a organização criminosa era quase impenetrável". Acrescenta ainda que algumas das mulheres investigadas tem "permanentes danos às suas faculdades mentais".
De acordo com a publicação, esta ação atingiu 50 alvos. A intitulada Operação Dionísio faz parte da última parte de uma apuração que começou há dois anos pela Procuradoria de Turim e Direção Distrital Antimáfia. Segundo a matéria, também foram realizadas apreensões em Milão, Turim e outras cidades menores da região.